Mundo

Japão faz apelo por pressão sobre Coreia do Norte

Norte-coreanos vem realizando testes de armas em desafio a resoluções e sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas

Taro Kono, sobre a Coreia do Norte: "é hora de fazer pressão" (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Taro Kono, sobre a Coreia do Norte: "é hora de fazer pressão" (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 09h31.

Tóquio / Genebra - O Japão afirmou nesta terça-feira que o mundo precisa continuar pressionando a Coreia do Norte a conter os programas nuclear e de mísseis, e os Estados Unidos anunciaram à Pyongyang uma escolha entre a beligerância e a prosperidade.

A Coreia do Norte vem realizando testes de armas em desafio a resoluções e sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e ignorando todos os clamores, inclusive de sua grande aliada, a China, para interrompê-los, provocando uma troca de farpas com os EUA.

O regime justifica seus programas de armas, incluindo a ameaça recente de disparar mísseis perto de Guam, território norte-americano no Oceano Pacífico, citando uma suposta hostilidade de Washington, como os exercícios militares desta semana com a Coreia do Sul.

O ministro das Relações Exteriores japonês, Taro Kono, disse que a pressão deve ser mantida até que os norte-coreanos demonstrem que desistirão de seu programa nuclear.

"Não é hora de discutir (a retomada das) conversas de seis partes", afirmou Kono, referindo-se às negociações internacionais envolvendo as duas Coreias, os EUA, Rússia, China e Japão para a desnuclearização da península coreana.

"É hora de fazer pressão", disse ele aos repórteres.

A maior prioridade do presidente norte-americano, Donald Trump, é proteger seu país e seus aliados contra a "ameaça crescente" da Coreia do Norte, e os EUA estão preparados para usarem "toda a gama de capacidades" à sua disposição, disse um enviado norte-americano.

O embaixador de desarmamento dos EUA, Robert Wood, disse à Conferência de Desarmamento, patrocinada pela ONU, em Genebra que "o caminho para o diálogo ainda continua sendo uma opção" para Pyongyang e que esta pode escolher entre pobreza e beligerância e prosperidade e aceitação.

O diretor do Comando do Pacífico dos militares dos EUA disse que a diplomacia é o segrego.

"Por isso esperamos e trabalhamos por soluções diplomáticas ao desafio representado por Kim Jong Un", disse o almirante Harry Harris aos repórteres na base aérea dos EUA em Osan, a cerca de uma hora da capital, Seul, referindo-se ao líder da Coreia do Norte.

Acompanhe tudo sobre:Coreia do NorteEstados Unidos (EUA)JapãoDiplomaciaArmas nucleares

Mais de Mundo

EUA dependem do Brasil para fazer carne moída, diz entidade americana que pede fim das tarifas

Justiça da Colômbia ordena libertação de Uribe enquanto decide sobre condenação

Venezuela diz que 'ameaças' dos EUA põem em risco estabilidade latino-americana

EUA aceita pedido de consultas do Brasil para negociar tarifaço de Trump na OMC