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Japão executa com enforcamento dois réus condenados à morte

Ministro da Justiça do país disse ter dado a ordem após uma "análise cuidadosa"

Japão: Federação das Associações de Advogados do Japão (JFBA) defendendo pena de morte pela prisão perpétua (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Japão: Federação das Associações de Advogados do Japão (JFBA) defendendo pena de morte pela prisão perpétua (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de julho de 2017 às 07h15.

Tóquio - O Japão enforcou nesta quinta-feira dois presos condenados à morte, sendo a 18ª e 19ª execução do atual governo liderado pelo primeiro-ministro conservador Shinzo Abe, de acordo com informações do Ministério da Justiça japonês.

A ordem de execução foi assinada pelo ministro Katsutoshi Kaneda, que já havia autorizado outra, em novembro de 2016.

O primeiro executado Masakatsu Nishikawa, de 61 anos, condenado pelo assassinato de quatro mulheres na década de 1990, havia apelado para seu caso, segundo a agência "Kyodo".

Já o outro preso executado hoje foi Koichi Sumida, de 34 anos, que se declarou culpado pelo assassinato de uma colega de trabalho, em 2011.

O ministro da Justiça hoje, em uma entrevista coletiva realizada em Tóquio após a primeira execução, que deu a ordem após uma "análise cuidadosa", pois se tratava de um caso "extremadamente cruel, onde acabou com a vida das vítimas com um objetivo egoísta".

O Japão é o único país industrializado, ao lado dos Estados Unidos, que mantém a pena de morte, e a relutância japonesa em abandonar esta prática foi duramente criticada por organizações como Anistia Internacional (AI).

Esta organização classifica como "cruel" a legislação japonesa, onde se estipula entre outras coisas, que os condenados à morte são enforcados, ficam isolados até momento que a pena é aplicada e recebem a notícia da execução poucas horas antes dela acontecer.

Em outubro do ano passado, a Federação das Associações de Advogados do Japão (JFBA) aprovou pela primeira vez uma declaração contra a pena de morte no país, defendendo substituir-la pela prisão perpétua a partir do ano de 2020.

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