Embarcação do governo japonês navega em torno das ilhas disputadas conhecidas como Senkaku no Japão e Diaoyu na China, no mar do Leste da China (REUTERS/Kyodo)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 07h03.
Tóquio - O Japão formulou nesta terça-feira um protesto contra o Governo da China pelo que considerou uma "invasão" de embarcações chinesas em águas que Tóquio entende como parte do seu território soberano nas cercanias das disputadas ilhas Senkaku/Diaoyu.
O vice-ministro das Relações Exteriores, Akitaka Saiki, convocou hoje o embaixador chinês em Tóquio, Cheng Yonghua, para exigir que incidentes como esse não voltem a acontecer.
Cheng, por sua vez, ressaltou a reivindicação soberana de Pequim sobre esse pequeno arquipélago e se negou a comparecer à Chancelaria, mas explicou a Saiki por telefone que transmitiria sua mensagem ao Governo chinês.
Quatro navios de vigilância chineses penetraram nesta segunda-feira no que Tóquio considera águas territoriais japonesas em torno das ilhas Senkaku e permaneceram na região por mais de 13 horas.
O ministro porta-voz do Governo japonês, Yoshihide Suga, considerou hoje que se trata de "um incidente extremamente incomum e muito lamentável".
As relações entre Japão e China passam por um momento ruim devido ao recrudescimento do conflito em torno das ilhas Senkaku/Diaoyu.
Em setembro, o Governo japonês comprou junto ao seu dono japonês o solo de três dessas ilhotas, o que provocou a ira de Pequim e gerou violentos protestos em várias cidades do país vizinho.
O desabitado arquipélago das Senkaku/Diaoyu, composto por cinco ilhas e três rochas, fica no Mar da China Oriental e conta com ricos bancos de pesca.
Acredita-se, além disso, que a zona na qual se encontram as ilhas, cuja soberania também é reivindicada por Taiwan - que as chama de Tiaoyutai -, possa abrigar grandes reservas de hidrocarbonetos.