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Japão eleva para 5 o nível de gravidade do acidente nuclear em Fukushima

O alerta se refere a acidentes nucleares "com consequências de maior alcance"

O acidente na usina de Chernobyl é até hoje o único caso no mundo em que o nível máximo foi atingido (Jiji Press/AFP)

O acidente na usina de Chernobyl é até hoje o único caso no mundo em que o nível máximo foi atingido (Jiji Press/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2011 às 07h11.

Osaka - A Agência de Segurança Nuclear do Japão elevou nesta sexta-feira de 4 para 5 o nível de gravidade do acidente nuclear na usina de Fukushima.

O índice da Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES, pela sigla em inglês) varia entre 0 e 7.

Segundo a emissora de televisão estatal "NHK", a agência já informou sobre a revisão a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), cujo diretor, Yukiya Amano, chegou nesta sexta-feira ao Japão para obter informações em primeira mão sobre a situação em Fukushima.

O nível 5 se refere a acidentes nucleares "com consequências de maior alcance", enquanto o grau 4, no qual os incidentes eram avaliados até agora, define acidentes "com consequências de alcance local".

O nível 7, o mais alto na escala de medição, corresponde à liberação ao exterior de materiais radioativos com amplos efeitos na saúde humana e no meio ambiente.

O acidente na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, é até hoje o único caso no mundo em que o nível máximo foi atingido.

O terremoto e o posterior tsunami do dia 11 no nordeste do Japão danificaram o sistema de refrigeração da central, que enfrenta problemas de água em ebulição em seus seis reatores.

Desde quinta-feira, a equipe de emergência da usina se esforça, com a ajuda de militares e bombeiros, para resfriar o reator 3 com lançamentos de água a partir de caminhões-pipa e helicópteros.

A radioatividade em torno da usina nuclear, em atividade desde 1971, levou o Governo japonês a evacuar quase 230 mil pessoas em um raio de 20 quilômetros, além de recomendar a todas que vivem entre 20 e 30 quilômetros da central a permanecerem em suas casas com portas e janelas fechadas.

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