Mundo

Japão e mundo árabe serão temas principais de cúpula do G8

França, presidente rotativa do grupo, propôs que maior parte dos debates se concentre no norte da África e no Oriente Médio

Matsumoto, chanceler japonês, deve dizer no G8 como países podem ajudar o Japão (Wikimedia Commons)

Matsumoto, chanceler japonês, deve dizer no G8 como países podem ajudar o Japão (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 11h58.

Paris - A Cúpula de Ministros das Relações Exteriores do Grupo dos Oito (G8, bloco de país ricos) começa nesta terça-feira em Paris tendo como temas principais de debate as consequências do terremoto que assolou o Japão e as transformações políticas nos países árabes.

A reunião será precedida de um jantar de trabalho oferecida nesta segunda-feira à noite pelo chanceler francês, Alain Juppé, a seus homólogos dos Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, Alemanha, Japão, Itália e Canadá.

A França, presidente rotativa do G8, propôs ao resto do bloco que a maior parte dos debates seja centrada no norte da África e no Oriente Médio, com atenção especial à situação na Líbia.

A iniciativa de criar uma zona de exclusão aérea sobre esse país, recebida com reservas pela Rússia, China e Alemanha, é um dos assuntos principais que serão discutidos para tentar avançar o mais rápido possível no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

No entanto, tal como informou nesta segunda-feira o Ministério de Exteriores da França, a abertura dos trabalhos será dedicada às consequências do terremoto de sexta-feira passada no nordeste do Japão.

Estima-se que o ministro de Exteriores japonês, Takeaki Matsumoto, indique ao resto dos Estados-membros a forma em que se pode ajudar o país a superar os efeitos desse terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter.

A Presidência do bloco lembra também que esta reunião, que servirá para preparar a cúpula de chefes de Estado e de Governo do G8 em Deauville (França) nos dias 26 e 27 de maio, ocorre "em um momento marcado por mudanças históricas no mundo árabe".

Entre os assuntos regionais que se acrescentam à ordem do dia estão o processo de paz no Oriente Médio, estagnado desde setembro passado, bem como a situação política na Costa do Marfim, na Somália e no Sudão.

O G8, que desde sua criação em 1975 exerce um papel sobretudo de orientação e de impulso em nível político, aproveitará esta ocasião para tratar também sobre as prioridades estabelecidas pela Presidência do bloco, exercida no momento pela França.

Estão previstas discussões sobre o reforço da cooperação internacional em matéria de combate ao terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa, e sobre a maneira de ampliar o campo de ação e a coordenação do G8 e de seus membros nesses âmbitos.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaG7 – Grupo dos SeteJapãoOriente MédioPaíses ricos

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia