Mundo

Japão e Índia assinam acordo comercial

Taxas de importação de 94% dos bens negociados entre os países serão suprimidas

Sharma, ministro do comércio indiano (esquerda), cumprimenta Maehara, chanceler japonês (Toshifumi Kitamura/AFP)

Sharma, ministro do comércio indiano (esquerda), cumprimenta Maehara, chanceler japonês (Toshifumi Kitamura/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2011 às 14h09.

Tóquio - Japão e Índia, segunda e terceira economia asiáticas respectivamente, assinaram nesta quarta-feira um acordo de livre comércio que suprimirá as taxas de importação de 94% dos bens negociados entre os países durante os próximos 10 anos.

O tratado pretende abrir novos mercados para o Japão e facilitar a importação de medicamentos genéricos para uma população nipônica cada vez mais idoso, além de estimular o rápido crescimento da Índia, potência emergente.

O ministro japonês das Relações Exteriores, Seiji Maehara, e o ministro indiano do Comércio, Anand Sharma, assinaram o acordo em Tóquio, selando assim o que havia sido definido pelos primeiros-ministros dos dois países no fim de 2010.

O acordo provocará o fim imediato de todas as taxas de importação pelo Japão dos produtos industriais indianos, sob a reserva de que o texto precisa ser ratificado pelo Parlamento nipônico nos próximos seis meses.

Os medicamentos genéricos indianos também terão acesso mais fácil ao mercado japonês.

O Japão suprimirá ainda as taxas de importação dos alimentos indianos, como o curry, a pimenta e o chá, com exceção do arroz, que continuará submetido a impostos altos para proteger os produtores nipônicos.

A Índia vai suprimir de forma progressiva as barreiras alfandegárias para as autopeças japonesas, o que deve ajudar a montadora Suzuki, líder no mercado indiano.

Mas a Índia manterá as taxas de importação para os veículos para proteger sua indústria automobilística.

Os produtos eletrônicos, siderúrgicos e máquinas japoneses não pagarão imposto para entrar na Índia.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaComércioComércio exteriorÍndiaJapãoPaíses ricos

Mais de Mundo

Milei demite chanceler Diana Mondino após voto a favor de Cuba na ONU

Kamala x Trump: como estão as pesquisas a 6 dias da eleição nos EUA?

Kamala diz que 'discorda' de críticas a eleitores de Trump após Biden relacioná-los a lixo

Greve do transporte contra Milei afeta mais de um milhão de passageiros na Argentina