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Japão e Coreia do Sul enfrentam verão mais quente já registrado

Mais de 84 mil pessoas foram hospitalizadas no Japão devido ao calor

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 1 de setembro de 2025 às 08h58.

Japão e Coreia do Sul enfrentaram o verão (hemisfério norte) mais quente já registrado e quebraram o recorde de temperatura alcançado no ano passado, segundo dados oficiais de junho, julho e agosto publicados nesta segunda-feira, 1º, pelas respectivas agências meteorológicas.

No Japão, a temperatura média entre junho e agosto foi 2,36ºC superior ao valor médio do período, segundo a Agência Meteorológica Japonesa (JMA).

Foi "o verão mais quente desde o início dos registros em 1898", indicou a JMA, acrescentando que este foi "o terceiro verão consecutivo com recorde de temperatura".

No país, o calor provocou a hospitalização de 84.521 pessoas entre 1º de maio e 24 de agosto, um pouco mais que os 83.414 hospitalizados durante o mesmo período de 2024, segundo a agência de gestão de incêndios e desastres.

Coreia do Sul registra maior média desde 1973

No mesmo período, a Coreia do Sul teve a temperatura média de 25,7ºC, "o maior valor desde o início dos registros em 1973", informou a agência meteorológica do país em um comunicado.

O recorde anterior para o período havia sido registrado no ano passado, com 25,6ºC.

A Coreia do Sul também sofre com uma prolongada seca na cidade de Gangneung, onde as autoridades declararam estado de desastre e decretaram restrições no uso da água.

Impactos do aquecimento no clima e na natureza

A tradicional temporada japonesa de floração das cerejeiras, em março ou abril, adianta-se a cada ano e às vezes não ocorre completamente, devido ao fato de que o outono e o inverno não são suficientemente frios, explicam especialistas.

Outra mudança visível é que a neve cai cada vez mais tarde no Monte Fuji. Em 2024, o recorde do primeiro registro de neve foi marcado em novembro.

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