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Japão decide despejar 1,2 milhão de toneladas de água radioativa no mar

O descarte de água contaminada de Fukushima Daiichi é um problema que se arrasta enquanto o Japão leva adiante um processo de desativação de décadas

Japão trabalha no processo de desativação de décadas de Fukushima (Issei Kato/Reuters)

Japão trabalha no processo de desativação de décadas de Fukushima (Issei Kato/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de outubro de 2020 às 10h12.

Última atualização em 16 de outubro de 2020 às 12h56.

Quase uma década após o desastre nuclear de Fukushima, o governo do Japão decidiu liberar mais de um milhão de toneladas de água contaminada no mar, noticiaram reportagens desta sexta-feira, e um anúncio formal deve ser feito até o final deste mês.

A decisão deve irritar países vizinhos como a Coreia do Sul, que já intensificou os testes de radiação de alimentos do Japão, e devastar ainda mais a indústria pesqueira de Fukushima, que luta contra tal medida há anos.

O descarte de água contaminada da planta de Fukushima Daiichi é um problema que se arrasta enquanto o país leva adiante um processo de desativação de décadas. Atualmente, quase 1,2 milhão de toneladas de água contaminada estão armazenadas em tanques gigantescos na instalação.

A planta administrada pela Tokyo Electric Power Company sofreu diversos derretimentos nucleares após o terremoto seguido de tsunami de 2011.

Também nesta sexta-feira, o ministro da Indústria japonês, Hiroshi Kajiyama, disse que ainda não se tomou uma decisão sobre a liberação da água, mas que o governo pretende tomar uma rapidamente.

"Para evitar quaisquer atrasos no processo de desativação, precisamos tomar uma decisão rapidamente", afirmou ele em uma coletiva de imprensa.

Ele não deu maiores detalhes, inclusive um cronograma.

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