Embarcação do governo japonês navega em torno das ilhas disputadas Senkaku no Japão e Diaoyu na China: local poderia abrigar importantes recursos marítimos e energéticos (REUTERS/Kyodo)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2014 às 10h11.
Tóquio - O Ministério da Defesa do Japão assinou nesta segunda-feira um contrato para alugar um terreno na ilha de Yonaguni, onde construirá uma base militar para vigiar os movimentos da China em torno das disputadas ilhas Senkaku - Diaoyu, em chinês.
Em troca do abono de cerca de 15 milhões de ienes por ano ao único município da ilha, o terreno, com 210 mil metros quadrados, abrigará de maneira permanente uma unidade de vigilância marítima composta por 150 membros das Forças de Autodefesa (Exército) japonesas.
Yonaguni, que integra a Prefeitura de Okinawa, é a ilha mais ocidental do Japão e se encontra a cerca de 150 quilômetros ao sudoeste das desabitadas ilhotas Senkaku e a 110 quilômetros de Taiwan.
A base de radar começará a ser construída a partir do próximo dia 19 de abril, enquanto sua conclusão, de acordo com o ministério envolvido, deverá ser finalizada em 2016.
No entanto, metade dos habitantes da ilha, onde vivem umas 1,6 mil pessoas, mostraram publicamente seu descontentamento com a possibilidade de abrigar a nova base.
O governo japonês reforçou a vigilância das atividades aéreas e marítimas do Exército do país vizinho no Mar da China Oriental perante a recrudescida disputa com as autoridades chinesas pela soberania das ilhas Senkaku.
O conflito subiu de tom depois que o governo japonês comprou três das ilhotas em 2012, ao que a China respondeu com a criação de uma Zona de Defesa de Identificação Aérea (ADIZ), que inclui o disputado arquipélago e foi oficializada em novembro passado.
Situadas no Mar da China Oriental, a cerca de 150 quilômetros ao nordeste de Taiwan, as Senkaku têm uma superfície de sete quilômetros quadrados, sendo que muitos sustentam que o local poderia abrigar importantes recursos marítimos e energéticos.