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Japão aprova controversa lei de apoio à caça comercial de baleias

A medida garante que o governo do Japão apoiará financeiramente a caça de baleias, além de estimular o consumo de carne de baleia nas escolas

Baleias: Japão retomou a caça comercial em julho, após 32 anos (Toru Hanai/Reuters)

Baleias: Japão retomou a caça comercial em julho, após 32 anos (Toru Hanai/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 10h29.

Tóquio — O Japão adotou um regulamentação para apoiar financeiramente a captura comercial de baleias e impulsionar o consumo da carne do animal, uma prática controversa que o país retomou em julho, após 32 anos.

As regras revistas receberam o apoio do Parlamento nesta quinta, embora não tenha sido objeto de qualquer anúncio oficial por parte do governo, segundo informações divulgadas hoje pela emissora estatal "NHK".

A medida garante que o governo japonês apoiará a indústria baleeira japonesa para fornecer pessoal e barcos, além de estimular o consumo de carne de baleia nas escolas, de acordo com o mesmo veículo.

As autoridades pedem para a indústria respeitar as cotas definidas pelos cientistas japoneses para garantir a "sustentabilidade" da caça à baleia e inclui medidas contra o comércio ilegal de carne do mamífero marinho.

A regulamentação vem depois que o país decidiu retomar suas campanhas comerciais de caça à baleia, uma medida que levou o país a deixar a Comissão Baleeira Internacional (CBI), que vetou a captura.

A caça de baleias tem sido criticada pela comunidade internacional e até mesmo por uma decisão da Corte de Haia contra o Japão, que defende a atividade pesqueira como parte de sua tradição e por sua importância econômica, apesar do baixo consumo de carne de cetáceos no país atualmente.

No país asiático, a atividade emprega diretamente cerca de 300 pessoas, sem contar empresas de processamento e embalagem de carne de baleia, segundo dados do Executivo.

O consumo de carne de baleia no Japão nos últimos anos foi de cerca de 5 mil toneladas, uma quantidade fornecida principalmente por importações e longe das 230 mil toneladas por ano que foram atingidas no pico da demanda, na década de 1960, quando era muito comum servi-la, por exemplo, em cantinas escolares.

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