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Vanessa Barbosa
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
São Paulo - "TI Verde" não é mais outra palavra da moda no universo da tecnologia, e, sim, peça fundamental para tornar um negócio sustentável. A eficiência na utilização de recursos dentro desse setor pode contribuir, e muito, para mitigar os impactos de uma empresa sobre o meio ambiente e ainda reduzir custos ao longo do tempo.
Também chamadas de Green IT, as tecnologias "verdes" são capazes de diminuir emissões de CO2 e baixar o consumo de energia. O que durante muito tempo parecia um desafio já está sendo encarado como oportunidade por algumas empresas. Utilizando tecnologias e soluções sustentáveis na sua cadeia de negócios, o Itaú Unibanco tem colhido bons resultados.
Com ações como virtualização de servidores e a substituição de monitores de tubo por LCD, o banco economizou, somente em 2009, mais de 1.900 megawatt/hora e deixou de emitir 92 toneladas de gás carbônico (CO2). É como deixar de desmatar 583 árvores. Financeiramente, os números representam economia de 590 mil reais.
Em 2008, a empresa criou um grupo para gerenciar iniciativas na área, o Comitê de TI Verde. A idéia era garantir prioridades e foco para atingir resultados que gerassem uma expectativa positiva das ações de sustentabilidade não só no setor de TI, mas em toda a empresa.
"Um dos pontos que mais fomentaram discussões foi a eficiência energética", afirma João Bezerra Leite, diretor de Infraestrutura e Operações de TI do Itaú Unibanco. "A área de TI responde por 50% da energia consumida pela empresa e reflete diretamente nos gastos".
Também está entre as principais iniciativas de TI Verde do banco o descarte correto e sustentável de lixo eletrônico (aparelhos de informática). Do início de 2009 até agora, a instituição destinou para reciclagem mais de 220 toneladas de e-lixo por meio do programa interno "Descarte Sustentável", atingindo a marca de 98% de reaproveitamento do material coletado.
Até o final do ano, a empresa deve instalar 18 salas de tele presença para conferências. Por não exigir uso de transporte para deslocamentos, esse processo reduz emissões de gases efeito estufa e agiliza processos entre os funcionários da empresa que, de quebra, economiza na compra de passagens para viagens.