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Itamaraty pede "punição" para assassinato de brasileira na Nicarágua

A Universidade Americana, onde Raynéia Gabrielle Lima cursava o sexto ano de medicina, informou que ela foi baleada ontem por um "grupos de paramilitares"

Nicarágua: assassinato de Raynéia ocorre no meio de crise sociopolítica, com protestos contra presidente Daniel Ortega, cuja repressão deixou entre 277 e 351 mortos (Jorge Cabrera/Reuters)

Nicarágua: assassinato de Raynéia ocorre no meio de crise sociopolítica, com protestos contra presidente Daniel Ortega, cuja repressão deixou entre 277 e 351 mortos (Jorge Cabrera/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de julho de 2018 às 15h56.

Última atualização em 24 de julho de 2018 às 15h57.

Brasília - O governo brasileiro condenou nesta terça-feira a morte da estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima na Nicarágua e pediu que as autoridades do país usem todos os esforços para identificar e punir os responsáveis.

Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores disse que recebeu com "profunda indignação" a notícia da morte da estudante de medicina atingida por disparos em "circunstâncias sobre as quais o governo brasileiro está buscando esclarecimentos junto ao governo nicaraguense".

"O governo brasileiro exige que as autoridades nicaraguenses coloquem à disposição todos os esforços necessários para identificar e punir os responsáveis pelo ato criminoso", defendeu.

A Universidade Americana (UAM), onde a jovem cursava o sexto ano de medicina, informou que ela foi baleada ontem por um "grupos de paramilitares".

O assassinato de Raynéia ocorre no meio de uma crise sociopolítica, com manifestações contra o presidente Daniel Ortega, cuja repressão deixou entre 277 e 351 mortos, conforme organizações humanitárias locais e internacionais.

O governo brasileiro voltou a condenar "o aprofundamento da repressão, o uso desproporcional e letal da força e o emprego de grupos paramilitares em operações coordenadas pelas equipes de segurança".

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos e o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos responsabilizaram o governo da Nicarágua por "assassinatos, maus tratos, possíveis atos de tortura e prisões arbitrárias" que estão ocorrendo no país.

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