Zelensky: presidente da Ucrânia encara grandes desafios para oficializar a paz com a Rússia (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 27 de julho de 2023 às 19h26.
Última atualização em 27 de julho de 2023 às 19h42.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, será bem-vindo ao Brasil, caso queira vir ao país, como indicou, na última quarta-feira, 26, em entrevista à Globonews. Segundo interlocutores do Itamaraty, tanto Zelensky como qualquer outro chefe de Estado será bem recebido.
Zelensky afirmou que gostaria de participar, no Brasil, de uma reunião com líderes da América Latina. Ele disse que espera o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a seu país, invadido por tropas russas em fevereiro de 2022.Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente
Até o momento, não houve contatos entre autoridades ucranianas e brasileiras sobre uma possível visita de Zelensky a Brasília. A notícia de que isso poderia acontecer foi conhecida pela entrevista dada à emissora de televisão, e não por vias oficiais.
"A América Latina é muito importante para mim, especialmente o Brasil", e outros países também. Eu queria, sim [ir ao Brasil]. Se eu receber o convite, eu vou. E se Lula ainda me ajudar, pois é longe para mim e não temos tempo, se ele conseguir reunir os outros líderes da América Latina, podemos todos nos reunir no Brasil, ou em qualquer outro lugar. Isso também vai ajudar muito o mundo todo, para que a paz chegue. E a Ucrânia será ouvida e apoiada pelo continente", afirmou Zelensky.
O último contato entre integrantes dos governos dos dois países ocorreu em 10 de maio, quando o assessor para assuntos internacionais de Lula, Celso Amorim, se reuniu com o presidente da Ucrânia em Kiev. Na época, Zelensky disse a Amorim que uma negociação com a Rússia teria que ter como base um plano de paz ucraniano, e não de outra nacionalidade.
Lula defende a criação de um grupo de países para negociar um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia. Mas a avaliação é quer, pelo menos por enquanto, não há espaço para o diálogo, devido ao acirramento dos ânimos no Leste Europeu.