Mundo

Itália vai abrir arquivos secretos dos "anos de chumbo"

País vai abrir arquivos secretos com documentos sobre os atentados terroristas cometidos entre os anos 1960 e 1980


	Matteo Renzi: primeiro-ministro disse que considerou a decisão de revelar os documentos como "um dever para com os cidadãos e os familiares das vítimas"
 (REUTERS/Giampiero Sposito)

Matteo Renzi: primeiro-ministro disse que considerou a decisão de revelar os documentos como "um dever para com os cidadãos e os familiares das vítimas" (REUTERS/Giampiero Sposito)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2014 às 17h13.

Roma - A Itália vai abrir os arquivos secretos com documentos sobre os atentados terroristas cometidos entre os anos 1960 e 1980 durante um período conhecido como os "anos de chumbo", anunciou o governo nesta terça-feira.

As ultraesquerdistas Brigadas Vermelhas, grupos neofascistas, figuras sombrias do serviço secreto e a máfia estiveram envolvidos na onda de violência política, incluindo o bombardeio em 1969 na Piazza Fontana, em Milão, e o bombardeio da principal estação ferroviária de Bolonha, em 1980.

Dezenas de pessoas foram mortas e outras centenas ficaram feridas, mas grande parte dos incidentes, que ocorreram durante um período da Guerra Fria de extrema tensão política, permanece sem solução, apesar de anos de investigação.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse em um comunicado que considerou a decisão de revelar os documentos como "um dever para com os cidadãos e os familiares das vítimas de episódios que permanecem como uma mancha obscura em nossa memória comum".

Ele disse que os documentos relacionados com as bombas na Piazza Fontana e em Bolonha, a queda misteriosa de um avião DC-9 em Ustica, perto da Sicília, em 1980, e outros atentados nos anos 1970 e 1980 serão abertos ao público.

Os documentos serão abertos começando pelos mais antigos e coletados nos arquivos do Estado central.

Acompanhe tudo sobre:DitaduraEuropaHistóriaItáliaPaíses ricosPiigsViolência policial

Mais de Mundo

Em um dia, ferrovias chinesas transportam mais de 21 milhões de passageiros

“EUA apoiam totalmente Israel”, diz embaixadora americana na ONU

Milei publica decreto dizendo que Aerolíneas é 'sujeita a privatização' e pode desestatizar empresa

Chile quer ampliar exportação para Nordeste e Centro-Oeste e sugere "Piscorinha"