Mundo

Itália também foi espionada por EUA e Grã-Bretanha

Para monitorar as chamadas telefônicas e as comunicações utilizavam três cabos de fibra óptica submarinos com terminais na Itália, segundo jornalista


	Glenn Greenwald: de acordo com jornalista, os serviços secretos ingleses compartilharam informações com a NSA e contavam com a colaboração de agentes italianos
 (AFP)

Glenn Greenwald: de acordo com jornalista, os serviços secretos ingleses compartilharam informações com a NSA e contavam com a colaboração de agentes italianos (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 14h45.

Roma - Políticos, empresários e militares da Itália foram espionados pelos Estados Unidos e Grã-Bretanha por meio de um rastreamento em massa de chamadas telefônicas e comunicações, segundo o jornalista Glenn Greenwald, em entrevista à revista italiana L'Espresso.

O ex-colunista do jornal britânico The Guardian, que revelou o programa de espionagem cibernético dos Estados Unidos no mundo, indicou que a "Itália está na mira do sistema Prism criado pelos serviços secretos americanos".

"Os serviços secretos ingleses também espionaram dados de italianos por meio do programa paralelo e convergente Tempora", contou à revista o jornalista americano que reside no Rio de Janeiro.

Greenwald pediu demissão na semana passada ao jornal The Guardian, que publicou as primeiras revelações do ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden, procurado pela justiça americana e asilado na Rússia.

De acordo com Greenwald, os serviços secretos ingleses compartilharam informações com a NSA e contavam com a colaboração de agentes italianos, que tinham um acordo de "terceiro nível" com a empresa inglesa encarregada de espionar o sistema de comunicações.

Para monitorar as chamadas telefônicas e as comunicações utilizavam três cabos de fibra óptica submarinos com terminais na Itália, segundo o jornalista.

Os serviços secretos dos países aliados não se limitaram a espionar pessoas com ligações com a luta contra o terrorismo, mas rastrearam telefonemas de políticos e ministros.

Eles queriam "obter informações de caráter político de governos estrangeiros", assegura.

As práticas de espionagem dos Estados Unidos, que, aparentemente, grampearam o celular da chanceler alemã Angela Merkel, coloca à prova a unidade dos líderes da União Europeia (UE), reunidos nesta quinta-feira em Bruxelas.

Desde segunda-feira, os Estados Unidos enfrentam uma nova polêmica, após a França, o México e o Brasil cobrarem explicações sobre a espionagem de milhões de telefonemas e e-mails.

A Itália tem reagido, até o momento, de forma cautelosa, ao contrário da França e da Alemanha que manifestaram descontentamento com a situação.

Acompanhe tudo sobre:EspionagemEuropaItáliaNSAPaíses ricosPiigs

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado