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Itália: promotoria pede 5 anos de prisão a Berlusconi

A promotoria milanesa pressiona por um veredicto antes que as acusações prescrevam, uma vez que os eventos teriam ocorrido na década de 1990

Berlusconi renunciou ao cargo de primeiro-ministro em novembro do ano passado (Andreas Solaro/AFP)

Berlusconi renunciou ao cargo de primeiro-ministro em novembro do ano passado (Andreas Solaro/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2012 às 18h57.

Milão - A promotoria de Milão pediu nesta quarta-feira uma sentença de cinco anos de prisão para o ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, no julgamento em que o ex-premiê de 75 anos é acusado de corrupção. O promotor Fabio De Pasquale pediu ao tribunal que condene Berlusconi, que é o homem mais rico da Itália, por ter pago US$ 600 mil a um advogado britânico, David Mills, para que ele mentisse em outro processo que envolveu acusações de evasão fiscal e falsificação contábil, relacionados a acordos feitos pelo magnata da mídia italiana.

A promotoria milanesa pressiona por um veredicto antes que as acusações prescrevam, uma vez que os eventos teriam ocorrido na década de 1990. De Pasquale calcula que o processo deverá expirar em meados de julho deste ano. Esse é um dos quatro casos abertos contra Berlusconi nos tribunais de Milão. Em outro, ele é acusado de ter pago para fazer sexo com uma menor de idade, a marroquina Kharima el-Marough, que tinha 17 anos quando frequentou festas na mansão do ex-premiê. Ele também é processado por evasão fiscal e violação de segredos de Estado.

O advogado Mills, um especialista em paraísos fiscais fora da União Europeia (UE), foi condenado à revelia por um tribunal milanês em 2009 e sentenciado a 4 anos e meio de prisão, mas um tribunal de apelações derrubou a sentença em 2010.

"É certo, além de qualquer dúvida razoável, de que o acusado é culpado" disse o promotor De Pasquale sobre Berlusconi. O magnata diz que é inocente.

Berlusconi renunciou ao cargo de primeiro-ministro em novembro do ano passado, após fracassar em convencer os mercados de que poderia reviver a cambaleante economia italiana.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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