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Itália pode voltar às urnas no fim de julho

Fontes próximas a partidos políticos disseram que há chance de o presidente Sergio Mattarella dissolver o Parlamento nos próximos dias e marcar novo pleito

Sergio Mattarella: país tem buscado a formação de um novo governo desde as eleições inconclusivas de março (Press Officer Presidenza della Repubblica/Reuters)

Sergio Mattarella: país tem buscado a formação de um novo governo desde as eleições inconclusivas de março (Press Officer Presidenza della Repubblica/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de maio de 2018 às 16h53.

Roma - A Itália pode repetir as eleições em julho, depois que o indicado para primeiro-ministro não conseguiu apoio dos principais partidos políticos para o governo, disseram fontes nesta terça-feira, quando os mercados caíram com a crescente turbulência política.

A Itália tem buscado a formação de um novo governo desde as eleições inconclusivas de março, e o presidente finalmente designou o ex-representante do Fundo Monetário Internacional Carlo Cottarelli como primeiro-ministro interino até que uma nova votação seja realizada entre setembro e o início de 2019.

Mas fontes próximas a alguns dos principais partidos da Itália disseram que agora há uma chance de o presidente Sergio Mattarella dissolver o Parlamento nos próximos dias e mandar os italianos de volta às urnas já em 29 de julho.

Essa perspectiva surgiu imediatamente depois que Cottarelli encontrou o presidente, na tarde desta terça-feira, e saiu sem fazer qualquer declaração. Era esperado que Cottarelli anunciasse o gabinete de seu governo após essas conversações.

Uma fonte próxima ao presidente disse que, na reunião, Cottarelli não mencionou a intenção de desistir de seu mandato e que ele estava simplesmente finalizando a formação do seu gabinete.

Os principais partidos, no entanto, sentiram que a missão de Cottarelli estava praticamente morta e pediram que o Parlamento fosse dissolvido imediatamente.

"Seria melhor ir a eleições o mais rápido possível, já em julho", disse Andrea Marcucci, líder do Senado pelo Partido Democrata, de centro-esquerda.

Mais cedo, a Itália sofreu o maior volume de vendas no mercado em anos, com receios de que a repetição das eleições se tornaria um voto indireto sobre a adesão ao euro.

As ações italianas atingiram seu nível mais baixo desde julho de 2017, arrastadas por uma queda nas ações dos bancos, muitos dos quais investiram pesadamente na dívida do governo italiano, que agora está caindo drasticamente em valor.

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