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Itália: Meloni toma posse como primeira-ministra

Giorgia Meloni foi empossada primeira-ministra da Itália neste sábado, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo e a primeira líder italiana de extrema-direita desde o fim da Segunda Guerra Mundial

Giorgia Meloni foi empossada primeira-ministra da Itália neste sábado (LightRocket/Getty Images)

Giorgia Meloni foi empossada primeira-ministra da Itália neste sábado (LightRocket/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de outubro de 2022 às 12h37.

Giorgia Meloni foi empossada primeira-ministra da Itália neste sábado, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo e a primeira líder italiana de extrema-direita desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Ela recitou o juramento exigido para ocupar o cargo diante do presidente Sergio Mattarella, que formalmente pediu ontem que ela forme um novo governo.

O partido de Meloni, Irmãos da Itália, que ela cofundou em 2012, governará em coalizão com a Liga de direita, de Matteo Salvini, e o partido conservador Força Itália, liderado pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi. A popularidade desses dois partidos caiu entre os eleitores nos últimos anos.

Em sua campanha para a eleição de 25 de setembro, Meloni insistiu que os interesses nacionais prevalecem sobre as políticas da União Europeia (UE) em caso de conflito. Ela frequentemente criticava a burocracia da UE. A Liga de Salvini se mostra por vezes eurocético. Admirador do presidente russo, Vladimir Putin, Salvini também questionou a sabedoria das sanções da UE contra a Rússia por sua invasão da Ucrânia, argumentando que elas prejudicam mais os interesses comerciais italianos do que os russos.

Em mensagem no Twitter, a presidente da Comissão Europeia - braço executivo da UE - Ursula von der Leyen, parabenizou Meloni e disse estar "ansiosa e pronta para uma cooperação construtiva" com o novo governo italiano.

Já o presidente dos EUA, Joe Biden, ressaltou em comunicado que a Itália é um parceiro "vital" no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e do Grupo dos Sete (G7). "Estou ansioso para continuar a promover nosso apoio à Ucrânia, responsabilizar a Rússia por sua agressão, garantir o respeito pelos direitos humanos e valores democráticos e construir um crescimento econômico sustentável", disse o mandatário americano.

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