Premiê italiano, Mario Draghi, em 4 jul. 2022 (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 17 de julho de 2022 às 14h26.
Última atualização em 17 de julho de 2022 às 17h25.
Mais de mil prefeitos assinaram, neste domingo (17), um abaixo-assinado, no qual pediram ao primeiro-ministro Mario Draghi que reconsidere sua renúncia e continue à frente do governo.
"Nós, prefeitos, (...) pedimos a Mario Draghi que explique ao Parlamento por que o governo deve continuar", diz a petição, assinada por prefeitos de Florença, Roma e Veneza, entre outros.
O texto critica o "comportamento irresponsável" do Movimento 5 Estrelas (M5E), que se absteve de participar de uma votação de confiança na semana passada, uma decisão que Draghi havia alertado que derrubaria o governo.
Draghi apresentou sua renúncia ao presidente da Itália, Sergio Mattarella, na quinta-feira (14). Como resposta, foi orientado a esperar para ver era possível continuar com o atual governo até as eleições gerais no início do ano que vem.
Na quarta-feira (20), deve se dirigir ao Parlamento para explicar se quer tentar manter o governo vivo, ou renunciar.
A Itália sofre com o aumento da inflação, com as consequências da guerra na Ucrânia e ainda tem pendentes as reformas necessárias para poder acessar o plano de recuperação financiado pela União Europeia, de cerca de 200 bilhões de euros.
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