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Itália acha que Rússia interceptou e-mails do governo, diz jornal

No ataque cibernético, registrado no ano passado, "hackers" interceptaram e-mails do Ministério das Relações Exteriores da Itália

Bandeiras da Itália (Giuseppe Cacace/Getty Images)

Bandeiras da Itália (Giuseppe Cacace/Getty Images)

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EFE

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 13h48.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2017 às 13h48.

Londres - O governo italiano suspeita que a Rússia está por trás de um ataque cibernético registrado no ano passado no qual "hackers" interceptaram e-mails do Ministério das Relações Exteriores da Itália, conforme publica nesta sexta-feira o jornal britânico "The Guardian".

Fontes do Executivo italiano disseram ao jornal que o ataque começou em março e durou mais de quatro meses, mas garantiram que os "hackers" não conseguiram acessar o sistema cifrado utilizado pelos funcionários do governo para suas comunicações sigilosas.

O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, que naquele momento exercia o cargo de ministro das Relações Exteriores, não foi afetado pelo incidente, segundo o "The Guardian", que afirmou que Gentiloni evitava usar o e-mail quando dirigia a diplomacia da Itália.

"Não aconteceram ataques em níveis cifrados. A informação delicada, sensível, que normalmente é compartilha nessa rede e que está fechada por um código nunca foi atacada", detalhou a fonte do governo italiano.

Os "hackers" tiveram acesso, por outro lado, a mensagens que funcionários e embaixadas italianas enviavam a Roma informando sobre reuniões com representantes estrangeiros, embora a informação mais sensível também fosse cifrada nesses casos.

Segundo o jornal britânico, duas pessoas próximas às investigações, nas mãos da promotoria italiana, confirmaram que a suspeita é de que a Rússia seja a responsável pela ação.

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