Itália superou assim o último teste de 2011 no mercado de dívida, ficando abaixo do máximo de 8,5 bilhões de euros que esperava captar (Daniel Roland/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2011 às 09h57.
Roma - O Tesouro italiano conseguiu colocar nesta quinta-feira 7,016 bilhões de euros em títulos de dívida para sete anos, assim como em bônus para três e dez anos, com juro menor ao oferecido no anterior leilão deste tipo de dívida no fim de novembro.
Como informou o Banco da Itália, o Tesouro colocou 2,537 bilhões de euros em bônus para três anos com rendimento médio de 5,62%, o que representa 2,27 pontos percentuais a menos do que o oferecido no leilão de 29 de novembro.
Além disso, o país conseguiu captar o máximo oferecido de 2,5 bilhões de euros em bônus para dez anos com vencimento em 2022 a juro de 6,98%, ou seja, 0,58 pontos percentuais menos do que no leilão anterior, assim como 1,176 bilhão em títulos de dívida com vencimento em 2021 ao juro de 6,70%.
Conseguiram ainda 803 milhões de euros em bônus para sete anos, com juro de 7,42%.
A Itália superou assim o último teste de 2011 no mercado de dívida, ficando abaixo do máximo de 8,5 bilhões de euros que esperava captar.
O leilão desta quinta-feira ocorreu após o êxito obtido na quarta-feira, quando a Itália conseguiu colocar bônus para seis meses e dois anos no total de 10,732 bilhões de euros, com quase metade da rentabilidade paga no leilão anterior dos juros de dívida de 25 de novembro.
O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, se referiu ao assunto na coletiva de imprensa de fim de ano. Ele considerou que os leilões destes dois dias foram bons e classificou os resultados como "encorajadores".
No entanto, Monti lançou um toque de atenção e garantiu que apesar desses resultados, o Executivo "não dá por concluídas as turbulências financeiras".
Após o leilão, o prêmio de risco italiano, medido a partir da diferença entre o bônus italiano para dez anos e o alemão de mesmo prazo, se mantinha acima dos 500 pontos básicos, em linha com o nível ao que fechou a sessão de quarta-feira. EFE