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Itália, Brasil, Olimpíadas: o coronavírus pelo mundo

Já são 81.005 casos com 2.764 mortes pelo mundo, com 96% dos casos na China, mas número crescentes mundo afora

Olimpíadas: os jogos de Tóquio também podem ficar para 2021  (Athit Perawongmetha/Reuters)

Olimpíadas: os jogos de Tóquio também podem ficar para 2021 (Athit Perawongmetha/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2020 às 06h40.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2020 às 07h37.

São Paulo — Áustria, Croácia, Espanha, Suíça. O coronavírus segue se espalhando pelo mundo. A Itália tem mais de 300 doentes confirmados, e 11 mortos. O parlamento europeu pediu que os italianos do norte da Itália, onde o número de novos casos de concentra, fiquem em casa por 14 dias em casa.

Nas Ilhas Canárias, na Espanha, um hotel com mil pacientes está isolado. No Irã, até o vice-ministro da saúde, Iraj Harirch, está doente. O país já teve 15 mortos confirmados.

O quanto a epidemia ainda pode se espalhar? Já são 81.005 casos com 2.762 mortes pelo mundo, com 96% dos casos na China, mas número crescentes mundo afora. A Coreia do Sul tem 1.146 casos, mas 40 países já tiveram ao menos um doente confirmado.

O Brasil teve ontem seu primeiro caso de coronavírus confirmado em um empresário de 61 anos que voltou da Itália depois de 12 dias de viagem a trabalho pela Lombardia, no norte do país. Ele ficará em isolamento respiratório por duas semanas. A contra-prova de uma exame inicial feito ontem será divulgada nesta quarta-feira pelo instituto Adolfo Lutz.

Os novos casos têm levado a crescentes reações. Carlos Tavares, presidente do conselho da gigante automotiva PSA, afirmou que o coronavírus é um grande risco para a indústria. Países como Japão, Vietnã, Singapura e Filipinas anunciaram medidas para limitar voos vindos da Coreia do Sul.

A operadora Royal Caribbean já cancelou mais de 30 cruzeiros no sudeste asiático. Hong Kong anunciou medidas de até 15 bilhões de dólares para estimular a economia, entre eles cortes de impostos para pequenas e médias empresas.

Até a realização das Olimpíadas de Tóquio ficou em dúvida com o avanço da epidemia. Dick Pound, membro do Comitê Olímpico Internacional, afirmou ontem à agência Associated Press que os organizadores têm três meses para decidir por um cancelamento ou adiamento dos jogos. As Olimpíadas estão marcadas para julho.

O chefe da missão conjunta da Organização Mundial de Saúde na China, Bruce Aylward, disse ontem que os países precisam estar preparados para a chegada do coronavírus em seus territórios e adotar respostas rápidas.

Ele citou a China como um bom exemplo por sua “mobilização extraordinária” — o país, vale lembrar, isolou cidades de milhões de habitantes e chegou a construir um hospital em oito dias. O número de novos casos no país teve seu pico no dia 2 de fevereiro.

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