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Itália aprova projeto de US$ 15,6 bi para construção da maior ponte suspensa do mundo

Estrutura terá 3,3 km de extensão e deve ser concluída entre 2032 e 2033

Itália o país conseguiu controlar a proliferação do vírus após medidas de isolamento (Remo Casilli/Reuters)

Itália o país conseguiu controlar a proliferação do vírus após medidas de isolamento (Remo Casilli/Reuters)

Publicado em 7 de agosto de 2025 às 05h04.

O governo da Itália aprovou nesta quarta-feira, 6, o projeto de construção da ponte suspensa mais longa do mundo, ligando a ilha da Sicília à região da Calábria, no sul do país.

A estrutura terá 3,3 quilômetros de extensão e será erguida sobre o Estreito de Messina.

Com o orçamento de 13,5 bilhões de euros (cerca de US$ 15,6 bilhões), a ponte contará com duas linhas ferroviárias no centro e três faixas de rodagem em cada direção. O projeto prevê a construção entre torres de 400 metros de altura, em uma das regiões com maior atividade sísmica do Mediterrâneo.

A iniciativa, que já havia sido proposta e engavetada diversas vezes ao longo das últimas décadas, foi retomada sob o governo da primeira-ministra Giorgia Meloni. A líder declarou que a ponte representa um "investimento no presente e no futuro da Itália".

Projeto enfrenta exigências ambientais e críticas regionais

Apesar da aprovação oficial, o projeto ainda depende da análise do Tribunal de Contas da Itália e de órgãos ambientais nacionais e da União Europeia. Além disso, a construção pode ser judicializada por moradores das áreas afetadas, que temem desapropriações e impactos urbanos.

Governos locais e parlamentares da oposição criticam a obra. Eles afirmam que os recursos seriam mais bem aplicados em infraestrutura local, transporte público, escolas e hospitais. Há também preocupações históricas com o risco de desvio de verbas por organizações criminosas.

A ponte deverá ser classificada como despesa militar, uma estratégia do governo para incluir o investimento nas metas da OTAN de gasto com defesa, com 5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo o ministro dos Transportes, Matteo Salvini, o projeto poderá ser concluído entre 2032 e 2033. Ele também afirmou que a construção deve gerar até 120 mil empregos por ano durante o período de execução, além de impulsionar o crescimento econômico em duas das regiões mais pobres da Europa.

Atualmente, a travessia ferroviária entre Sicília e Calábria é feita por balsas, com tempo estimado de 30 minutos. A nova ponte permitirá o transporte contínuo de cargas e passageiros por via terrestre.

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