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Itália adota novo plano de austeridade para combater a crise

Governo confirmou a aprovação da proposta para cortar 45,5 bilhões de euros nos próximos dois anos

"Meu coração chora sangue por ter metido as mãos dentro dos bolsos dos italianos" disse Berlusconi sobre o plano (Alberto Pizzoli/AFP)

"Meu coração chora sangue por ter metido as mãos dentro dos bolsos dos italianos" disse Berlusconi sobre o plano (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2011 às 17h29.

Roma - O Conselho de Ministros italiano, presidido por Silvio Berlusconi, adotou nesta sexta-feira um novo e severo plano de austeridade para combater a crise que pretende economizar 45,5 bilhões de euros em dois anos para equilibrar suas contas e evitar os ataques dos mercados à terceira maior economia da Zona do Euro, anunciaram fontes oficiais.

As medidas foram adotadas por unanimidade e incluem um imposto de solidariedade sobre as rendas mais altas e cortes nas "despesas da política" com a fusão de províncias e prefeituras.

"Meu coração chora sangue por ter metido as mãos dentro dos bolsos dos italianos", afirmou Berlusconi durante uma entrevista coletiva à imprensa ao término da reunião extraordinária de ministros.

Esta é a primeira vez em quase 20 anos de vida política que o magnata das comunicações e primeiro-ministro aceita aumentar os impostos para os contribuintes mais ricos.

No total, 38 províncias serão eliminadas, explicou o ministro da Economia, Giulio Tremonti, que introduziu também o aumento gradual para 65 anos da idade de aposentadoria para as mulheres.

"A situação atual é dramática", admitiu Berlusconi, que considera que as medidas são "inevitáveis".

É a segunda vez em um mês que o governo conservador se vê obrigado a endurecer o plano de ajuste para salvar a Itália da especulação financeira.

O Banco Central Europeu teve que adquirir esta semana títulos do Estado italiano devido ao fato de seu valor ter atingido níveis recorde, aumentado o valor da imensa dívida pública.

Com as medidas de austeridade, a Itália, tenta se defender do ataque dos mercados, nervosos devido a sua enorme dívida pública de cerca de 1,9 trilhão de euros, 2,7 trilhões de dólares (cerca de 120% do PIB) e a um crescimento econômico quase nulo na última década.

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