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Itália acredita que existe risco de infiltrações da Al Qaeda na Líbia

Ministro do Interior italiano expressou ainda o temor de que os 1,5 milhão de imigrantes ilegais que, segundo ele, estão na Líbia e que pretendem ir para a Europa

A hipótese foi lançada por Maroni perante o Parlamento italiano (Marco Longari/AFP)

A hipótese foi lançada por Maroni perante o Parlamento italiano (Marco Longari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 07h08.

Roma - O ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, afirmou nesta quarta-feira que, dada a atual situação de instabilidade na Líbia, existe um risco "grave e real" de possíveis infiltrações terroristas da Al Qaeda no país africano.

A hipótese foi lançada por Maroni em um comparecimento perante a Comissão Conjunta de Assuntos Constitucionais e Exteriores da Câmara Alta e Baixa do Parlamento italiano.

"A inteligência italiana revelou vínculos entre a Al Qaeda e o Magrebe islâmico para fazer proselitismo. Existe a preocupação de que o que está acontecendo possa levar a uma situação de Governo na Líbia parecido ao de Afeganistão e Somália", acrescentou.

O ministro do Interior italiano expressou ainda o temor de que os 1,5 milhão de imigrantes ilegais que, segundo ele, há na Líbia se dirijam agora rumo ao norte para escapar pelo Mar Mediterrâneo para a costa europeia.

"Atualmente, estão acampados na Tunísia cerca de 60 mil imigrantes que fugiram da Líbia e outros tantos se encontram ainda na Líbia, perto da fronteira", disse Maroni.

É "uma situação grave, que corre o risco de ser dramática, porque a Líbia não está dando apoio a estas pessoas. A Tunísia, sim, mas é um apoio não organizado. Por isso, decidimos organizar uma missão humanitária para fazer ali um campo de refugiados", acrescentou.

Maroni se referiu desta forma à decisão adotada na tarde de terça-feira pelo Executivo italiano de realizar uma missão humanitária na fronteira entre a Líbia e a Tunísia, em território tunisiano, para emprestar assistência a cerca de 10 mil refugiados.

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