Mundo

Itália acorda com ruas vazias após isolamento inédito por coronavírus

Medida foi anunciada pelo governo italiano nesta segunda (9) na tentativa de conter avanço do Covid-19, o novo coronavírus

Coronavírus: italianos devem evitar sair de casa pelas próximas três semanas (Guglielmo Mangiapane/Reuters)

Coronavírus: italianos devem evitar sair de casa pelas próximas três semanas (Guglielmo Mangiapane/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 10 de março de 2020 às 11h26.

Última atualização em 10 de março de 2020 às 14h49.

Roma - A Itália acordou com ruas desertas nesta terça-feira após o governo expandir medidas de quarentena para todo o país em uma tentativa de conter o pior surto de coronavírus da Europa.

As medidas, anunciadas no fim da segunda-feira pelo premiê Giuseppe Conte, ampliou os isolamentos já em vigor na região da Lombardia, no norte da Itália, e em províncias vizinhas, reduzindo o movimento de pessoas e fechando espaços públicos.

"O futuro da Itália está em nossas mãos. Vamos todos fazer nossa parte, abdicando de algo pelo nosso bem estar coletivo", tuitou Conte, encorajando as pessoas a se comprometerem individualmente.

Ruas vazias perto do castelo Maschio Angioino, em Nápoles, após governo italiano adotar medidas de combate ao coronavírus

 

Os italianos foram solicitados a sair de casa apenas em casos de trabalho, saúde e emergências durante pelo menos três semanas. Viajantes terão de preencher uma declaração com seus motivos e levá-la consigo.

Coronavírus: Fonte em Roma vazia em meio a surto da doença na Itália

Eventos ao ar livre, incluindo de esportes, foram proibidos, enquanto bares e restaurantes terão de fechar às 18h. Escolas e universidades permanecerão fechadas até 3 de abril.

"Toda a Itália está fechada agora" foi a manchete do jornal Corriere della Sera.

No decorrer do dia, as ruas de Roma estavam mais quietas que o normal. Moradores da cidade encontravam lugares com facilidade no metrô normalmente lotado durante o horário de pico matinal.

 

Coronavírus: ruas vazias em Milão, na Itália diante do surto de coronavírus

Pouco depois de as medidas serem anunciadas, consumidores correram para comprar alimentos e produtos de necessidade básica nos supermercados, fazendo com que o governo afirmasse que mantimentos estariam garantidos e pedisse para as pessoas não entrarem em pânico.

Coronavírus: estação de metrô vazia em Milão, na Itália

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiou a resposta "agressiva" da Itália desde que os primeiros casos do vírus irromperam perto de Milão há cerca de três semanas, embora as perdas econômicas sejam grandes.

 

Estação Central de Milão vazia após avanço do surto de coronavírus

Na segunda-feira, a bolsa de Milão caiu mais de 11%, e os custos de empréstimos da Itália dispararam, revivendo os temores de que uma economia já à beira da recessão e que luta com a segunda maior dívida da zona do euro possa mergulhar em crise.

Coronavírus: Roma está deserta após isolamento total da Itália

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusDoençasEpidemiasItália

Mais de Mundo

Califórnia promete intervir se Trump eliminar incentivos fiscais a veículos elétricos

Trump diz que taxará produtos do México e Canadá assim que assumir a presidência

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais