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Itália acha 19 imigrantes mortos desde sexta-feira

Serviço de buscas e resgate marítimo do país salvou cerca de 3.500 imigrantes no mar Mediterrâneo


	Membros da Marinha italiana resgatam imigrantes perto da costa da Sicília
 (AFP)

Membros da Marinha italiana resgatam imigrantes perto da costa da Sicília (AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2014 às 10h43.

Roma - O serviço de buscas e resgate marítimo da Itália salvou cerca de 3.500 imigrantes e encontrou 19 corpos no mar Mediterrâneo desde sexta-feira, quando milhares tentaram atravessar para a Europa de barco no final de semana, afirmou a marinha italiana.

Mares mais calmos no verão levaram mais pessoas a tentar a perigosa travessia a partir do Norte da África neste ano.

Os tumultos e a instabilidade política na Líbia estão sendo explorados por traficantes de pessoas, levando o número de chegadas à Itália para mais de 100 mil pessoas desde janeiro.

A embarcação italiana Sirio recuperou 18 corpos e 73 sobreviventes de um bote, disse a marinha pelo Twitter no domingo, depois que uma fragata resgatou um corpo e 1.372 sobreviventes na noite de sexta-feira.

As mortes foram reportadas pouco depois que um barco que levava aproximadamente 200 imigrantes afundou a um quilômetro da costa da Líbia na sexta-feira. Estima-se que a maioria dos passageiros se afogou.

A missão de busca e resgate Mare Nostrum começou depois que um naufrágio perto da costa italiana matou 366 pessoas em outubro.

A missão custa cerca de 9 milhões de euros por mês e levantou debates políticos na Itália, que voltou à recessão econômica no segundo trimestre do ano, depois de anos de estagnação.

Na fronteira entre a Europa e a África, a Itália sempre atraiu imigrantes que chegam por mar, mas o número de chegadas neste ano já é superior ao maior número registrado até então, que era de 60 mil pessoas em todo ano de 2011, quando as revoltas da primavera árabe desencadearam uma onda de migrações.

O primeiro-ministro italiano Matteo Renzi pediu que a União Europeia se responsabilize pelo resgate de imigrantes investindo na agência de controle de fronteiras Frontex, e chamou uma intervenção da ONU na Líbia para administrar o fluxo de refugiados deixando o país.

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