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Israelenses apoiam negociação com palestinos, diz pesquisa

De acordo com os números, são 56,9% dos israelenses judeus e 86,7% dos israelenses árabes a favor de diálogos


	Palestina: 67% dos judeus aprovam a possibilidade de um encontro entre ambos os líderes, que não se veem há anos
 (Reuters / Mohamad Torokman)

Palestina: 67% dos judeus aprovam a possibilidade de um encontro entre ambos os líderes, que não se veem há anos (Reuters / Mohamad Torokman)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 10h53.

Jerusalém - A maioria dos israelenses, tanto judeus como árabes, apoia um processo de negociação com palestinos e gostaria ver um encontro entre seu primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira.

De acordo com os números, são 56,9% dos israelenses judeus e 86,7% dos israelenses árabes a favor de diálogos, segundo o estudo realizado pelo Instituto Israelense para a Democracia.

Os árabes representam cerca de 20% da população israelense, de 8,3 milhões de habitantes.

De acordo com o estudo, 67% dos judeus aprovam a possibilidade de um encontro entre ambos os líderes, que não se veem há anos, mas que no último mês expressaram abertura para uma reunião.

A pesquisa, realizada em janeiro, contou com a opinião de 600 israelenses. O relatório coincide com a onda de violência que começou em outubro do ano passado.

Nesta onda de violência morreram 166 palestinos, a maioria em ataques ou supostos ataques que custaram a vida de 27 israelenses, dois estrangeiros e um operário palestino.

A situação ameaça os caminhos que poderiam acalmar a situação entre palestinos e israelenses, segundo o serviço de Inteligência de Israel, embora a direita mais nacionalista no país e a divisão interna palestina rejeitem a princípio qualquer possibilidade de negociação permanente.

Nesse sentido, 61% dos israelenses judeus consultados acreditam que a continuação da situação ao longo dos anos pode representar uma ameaça à "segurança e existência" de seu país.

Um dado que contrasta com o apoio de 45% dos entrevistados à possibilidade de Israel se anexar ao território ocupado da Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

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