Irã: fumaça em local atacado em Teerã, na madrugada de 13 de junho (Sepah News/AFP)
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Publicado em 13 de junho de 2025 às 07h33.
Seis cientistas foram mortos durante um ataque israelense a uma base nuclear em Teerã, capital do Irã, na madrugada desta sexta-feira, 13, segundo o governo de Irã.
A ação ocorreu como uma tentativa de Israel em atrasar ou impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Em uma declaração na TV sobre a ofensiva, o primeiro-ministro Benjamin Netanyah informou que o objetivo era "atacar a infraestrutura nuclear do Irã, suas fábricas de mísseis balísticos e suas capacidades militares".
Entre os mortos estão nomes de destaque da comunidade científica iraniana. Fereydoun Abbasi-Davani, que chefiou a Organização de Energia Atômica do Irã entre 2011 e 2013, também foi membro do parlamento entre 2020 e 2024. Mohammad Mehdi Tehranchi, reitor da Universidade Islâmica Azad de Teerã, também teve a morte confirmada. Tehranchi era um pesquisador atuante na área nuclear e respeitado no setor.
Outros quatro nomes foram divulgados pela imprensa iraniana: Abdolhamid Manouchehr, Ahmad Reza Zolfaghari, Amirhossein Feghi e Motalibizadeh. Até o momento não há maiores detalhes sobre suas ocupações, além de que todos seriam cientistas nucleares no país.
Além dos cientistas, o ataque também matou três importantes comandantes militares iranianos. Entre eles estão Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
O terceiro oficial identificado foi Gholamali Rashid, major-general que liderava o quartel-general Khatam al Anbia, centro estratégico de operações das Forças Armadas. Rashid também havia sido vice-chefe do Estado-Maior e participou da guerra Irã-Iraque nos anos 1980.
Como retaliação, o Irã lançou mais de 100 drones contra Israel após o ataque, que afirmou ter conseguido interceptar diversos deles antes de chegarem ao solo. Países vizinhos, como Iraque e Jordânia, relataram que os drones iranianos cruzaram seu espaço aéreo durante a madrugada.