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Israel vai pagar US$ 20 mi por ataque a navio turco em 2010

Yildirim também anunciou que a Turquia enviará na sexta-feira "mais de 10.000 toneladas de ajuda humanitária" para os palestinos da Faixa de Gaza


	Binali Yildirim: o premier elogiou o "passo importante" para a normalização das relações entre os dois países após seis anos de discórdia
 (Umit Bektas / Reuters)

Binali Yildirim: o premier elogiou o "passo importante" para a normalização das relações entre os dois países após seis anos de discórdia (Umit Bektas / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 09h51.

Israel pagará uma indenização de 20 milhões de dólares às famílias dos 10 turcos mortos no ataque ao navio "Mavi Marmara" em 2010, como parte de um acordo de reconciliação que será assinado nesta terça-feira, anunciou o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim.

Israel e Turquia designarão também "sem demora" embaixadores, informou nesta segunda-feira Yildirim, que elogiou o "passo importante" para a normalização das relações entre os dois países após seis anos de discórdia.

Yildirim também anunciou à imprensa que a Turquia enviará na sexta-feira "mais de 10.000 toneladas de ajuda humanitária", a partir do porto turco de Mersin (sul) para o porto israelense de Ashdod, para os palestinos da Faixa de Gaza, submetidos ao bloqueio de Israel.

"Precisamos de muitos anos para preparar este acordo (...) Nossas relações se normalizam com este texto", disse Yildirim.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou em Roma que o bloqueio marítimo que seu país impõe há 10 anos à Faixa de Gaza seguirá em vigor após o acordo com a Turquia.

A Turquia era um aliado regional chave de Israel até os anos 2000. Mas as relações entre os países registraram um deterioração e em 2010 foram reduzidas de forma drástica, após o ataque de uma unidade israelense contra o "Mavi Marmara", um barco fretado por uma ONG turca para tentar romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza.

A operação terminou com a morte de 10 turcos.

A embarcação era parte de uma frota internacional de seis barcos que transportavam ajuda humanitária.

Israel apresentou um pedido de desculpas em 2013, mas a tensão retornou um ano depois com uma nova ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

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