Mundo

Israel suspende repasses de impostos para palestinos

Ministro das Finanças de Israel, Yuval Steinitz, anunciou que suspendeu o repasse rotineiro de 300 milhões de shekels

Benjamin Netanyahu: "firmeza contra aqueles que querem nos causar mal e colocar nossa existência em risco" (Getty Images)

Benjamin Netanyahu: "firmeza contra aqueles que querem nos causar mal e colocar nossa existência em risco" (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2011 às 13h18.

Jerusalém - Israel declarou no domingo que suspendeu as transferências de impostos recebidos para os palestinos, em resposta à anuência do presidente palestino em formar uma aliança com o grupo islâmico rival Hamas, que se opõe às negociações de paz com Israel.

Um funcionário palestino sênior na Cisjordânia ocupada disse que Israel não tem o direito de deixar de repassar dinheiro palestino.

O ministro das Finanças de Israel, Yuval Steinitz, anunciou que suspendeu o repasse rotineiro de 300 milhões de shekels (88 milhões de dólares) em taxas alfandegárias e outras que Israel recolhe em nome dos palestinos, segundo os termos dos acordos de paz interinos.

Em entrevista dada à Rádio do Exército, Steinitz disse que Israel receia que o dinheiro seja usado para financiar o Hamas, grupo militante islâmico que comanda a Faixa de Gaza e cuja carta de fundação pede a destruição do Estado judaico.

Na semana passada Israel ameaçou com sanções em resposta ao anúncio feito pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, de um acordo de união com o Hamas, com vistas à formação de um governo palestino interino e de eleições ainda este ano.

"A paz só é possível com aqueles que querem conviver conosco em paz, e não com aqueles que procuram nos destruir", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em declarações públicas dadas a seu gabinete no domingo.

Netanyahu disse que, em visita que fará à Grã-Bretanha e França nesta semana, dirá aos líderes desses países que Israel quer a paz, mas "se posicionará com firmeza contra aqueles que querem nos causar mal e colocar nossa existência em risco".

Líderes palestinos foram convidados pelo Egito a ir ao Cairo para uma cerimônia de três dias, com início na segunda-feira, que deve terminar com a assinatura do acordo de união palestina, revelaram autoridades palestinas.

Acompanhe tudo sobre:IsraelOriente MédioPalestinaTaxas

Mais de Mundo

Sobe para 25 o número de mortos em explosões de walkie-talkies do Hezbollah

Exército do Líbano detona dispositivos de comunicação 'suspeitos' após onda de explosões

Parlamento Europeu reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela

Colômbia suspende diálogo com ELN após ataque a base militar