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Israel sancionará quem promover boicote ao país

A norma permitirá o estabelecimento de "restrições financeiras aos ativistas centrais" do movimento Boicote, Desinvestimentos e Sanções (BDS)

Israel: uma equipe trabalhará para criar uma lista de ativistas e grupos locais promotores do boicote, mas não de pessoas críticas a Israel (David Silverman/Getty Images)

Israel: uma equipe trabalhará para criar uma lista de ativistas e grupos locais promotores do boicote, mas não de pessoas críticas a Israel (David Silverman/Getty Images)

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EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 16h13.

Jerusalém - O ministro de Finanças de Israel, Moshe Kahlon, aprovará nos próximos dias novas medidas para impedir que organizações e pessoas israelenses e estrangeiras que promoverem boicote ao país recebam isenções fiscais ou participem de licitações governamentais, informou nesta quinta-feira a imprensa local.

A norma, segundo funcionários do Ministério de Assuntos Estratégicos, ajudaria a criar uma "lista negra" com nomes de cidadãos e entidades israelenses que apoiam o movimento Boicote, Desinvestimentos e Sanções (BDS), segundo o jornal "Haaretz".

As novas disposições fazem parte da Lei de Prevenção do Boicote, aprovada pela Knesset (Parlamento israelense) em 2011 para punir as iniciativas de boicote ao país, e permitirão o estabelecimento de "restrições financeiras aos ativistas centrais do BDS", de acordo com o canal público de notícias israelense "Kan".

Segundo o "Haaretz", funcionários ministeriais indicaram que se a nova regulamentação for aprovada, uma equipe interministerial trabalhará sob a supervisão de assessores legais para criar uma lista de ativistas e grupos locais promotores do boicote, mas não de pessoas críticas a Israel ou que acreditam que o país deve ser boicotado.

Qualquer pessoa que for sancionada será convocada previamente para esclarecer o assunto em uma audiência, informou o mesmo jornal.

A Lei de Prevenção do Boicote não faz distinções entre as reivindicações de boicotar os assentamentos em território ocupado da Cisjordânia ou de Israel.

No início de janeiro, o Ministério de Assuntos Estratégicos publicou uma primeira lista de mais de 20 organizações que tiveram a entrada no país proibia por dar apoio ao movimento BDS.

Entre elas estavam BDS Chile, BDS França, The Jewish Voice for Peace e a Associação Francesa de Solidariedade com a Palestina.

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