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Israel retoma ataques contra Gaza com fim do cessar-fogo

Houve disparos de tanques israelenses no norte de Gaza e de embarcações na região central do território


	Israelenses em Gaza: "vamos continuar a atacar o Hamas, sua infraestrutura, seus integrantes e restaurar a segurança para o Estado de Israel", disse porta-voz
 (Baz Ratner/Reuters)

Israelenses em Gaza: "vamos continuar a atacar o Hamas, sua infraestrutura, seus integrantes e restaurar a segurança para o Estado de Israel", disse porta-voz (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 11h07.

Jerusalém, Tel-Aviv e Faixa de Gaza - Israel retomou os ataques aéreos à Faixa de Gaza nesta sexta-feira, depois do fracasso das negociações no Cairo para estender o cessar-fogo de três dias e de combatentes palestinos terem disparado foguetes na direção do sul de Israel.

Quando a trégua terminou formalmente, às 8h (horário local), sirenes de alerta soaram em várias cidades do sul israelense. No prazo de minutos, foguetes foram disparados de Gaza e aviões e embarcações israelenses retaliaram com pelo menos dez ataques ao território costeiro.

Por volta do meio-dia, 33 mísseis haviam sido disparados contra Israel, afirmou o Exército do país. Vinte e seis deles caíram em território israelense, três foram interceptados pelo sistema antimísseis e quatro caíram em Gaza. Nesse confronto, dois israelenses ficaram feridos, disseram os militares. Um menino palestino de dez anos foi morto num ataque a uma mesquita em Gaza, informaram funcionários da área da saúde do território.

A polícia em Gaza disse que a maior parte dos ataques atingiram campos abertos, mas um projétil caiu no quintal da mesquita Nour al-Mohammadi, no bairro de Sheik Radwan, na Cidade de Gaza. Segundo o funcionário da área da saúde Ashraf al-Kidra, além da morte do menino, o artefato deixou outros cinco garotos feridos, um deles com gravidade.

A polícia também informou que houve disparos de tanques israelenses no norte de Gaza e de embarcações na região central do território.

Em Israel, o Exército proibiu reuniões com mais de 1.000 pessoas em Jerusalém, Tel-Aviv e em outras áreas a uma distância de 80 quilômetros da fronteira com Gaza por causa dos disparos de foguete.

Ao ordenar que seu Exército respondesse "com vigor" aos disparos de foguetes palestinos, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o Hamas havia recusado a oportunidade de estender a trégua de 72 horas dias antes.

"Os novos ataques de terroristas contra Israel são inaceitáveis, intoleráveis e míopes", disse o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz militar israelense. "Vamos continuar a atacar o Hamas, sua infraestrutura, seus integrantes e restaurar a segurança para o Estado de Israel."

Quatro horas antes do final do cessar-fogo, dois foguetes lançados da Faixa de Gaza caíram em Israel, informou o Exército. Não estava claro se o ataque foi realizado pelo Hamas ou por combatentes de uma das facções armadas menores que atuam no território.

A delegação israelense deixou as negociações intermediadas pelo Egito uma hora antes do final da trégua e voltou para casa. Uma autoridade israelense, que falou em condição de anonimato, disse que seu governo não vai negociar enquanto houver confrontos, mas representantes do Hamas disseram que embora tenham se recusado a estender a trégua, estão dispostos a continuar as negociações.

Representantes do Hamas recusaram a extensão do cessar-fogo, a menos que medidas fossem tomadas para levantar o embargo econômico israelense a Gaza. Na noite de quinta-feira, o braço armado do movimento, as Brigadas Qassam, disseram estar prontas para lutar novamente caso as exigências não fossem atendidas.

Com informações da Associated Press e da Dow Jones Newswires

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