O primeiro-ministro de Israel, Benajmin Netanyahu: de olho no Egito (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 06h52.
Jerusalém - Israel reforçou sua fronteira com o Egito perante o temor de que a situação de revolta popular que vive o país vizinho possa levar à infiltração de terroristas, além de beduínos e imigrantes africanos em busca de asilo.
A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo jornal "Ha'aretz", que detalha que tropas do Exército e agentes da Polícia de Fronteiras israelenses foram desdobrados ao longo do limite divisório com o Egito - de 250 quilômetros - para evitar que terroristas possam aproveitar a situação de caos no Egito para perpetrar ataques em Israel.
Outra das inquietações é que grupos de beduínos residentes na Península do Sinai possam sair do Egito para infiltrar-se em Israel, somando-se aos imigrantes de países africanos que nos últimos anos conseguiram entrar de forma ilegal no Estado judeu.
Por outra parte, meios da imprensa local informam nesta terça-feira que Israel aprovou o destacamento de tropas egípcias no Sinai, uma zona que, segundo o acordo de paz assinado pelos dois países em 1979, deveria ficar desmilitarizada.
Haveria na zona 800 soldados egípcios com a missão de lidar com eventuais distúrbios protagonizados por beduínos.
No fim de semana, 12 pessoas morreram em tiroteios entre beduínos e forças de segurança egípcias nessa península, perto da fronteira do Egito com a Faixa de Gaza, informaram meios da imprensa israelense e palestina.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, indicou na segunda-feira que nenhum dos dois países está interessado em retornar ao passado e que a política de Israel é preservar a paz com seu vizinho árabe.