Soldados israelenses próximos da fronteira de Israel com a faixa de Gaza (Amir Cohen/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2014 às 16h23.
Londres - A Grã-Bretanha informou nesta terça-feira que suspenderá 12 licenças de exportação de produtos militares para Israel, incluindo tanques, aviões e peças de radar, se as hostilidades com o Hamas em Gaza forem retomadas, citando preocupações de que os produtos possam ser usados para violar leis internacionais.
A Grã-Bretanha disse na semana passada que estava revendo todas as licenças de exportação de armas para Israel devido ao conflito que resultou em muitas vítimas civis no território palestino de Gaza.
Essa revisão concluiu nesta terça-feira que 12 licenças serão temporariamente suspensas, até realização de uma investigação mais profunda, se a atual trégua for rompida e os combates recomeçarem.
"O governo britânico não tem sido capaz de esclarecer se os critérios de licença de exportação estão sendo atendidos", disse o secretário de Negócios, Vince Cable, em comunicado.
"Devido à incerteza, tomamos a decisão de suspender estas licenças de exportação existentes em caso de uma retomada das hostilidades."
Israel diz que a operação em Gaza é de autodefesa, visando interromper os disparos de foguetes a partir do enclave por militantes islâmicos.
De acordo com relatório de uma comissão parlamentar britânica no mês passado, os contratos aprovados pelo governo para a exportação de produtos militares ou de uso civil-militar para Israel são de mais de 7,8 bilhões de libras (13 bilhões de dólares).
Eles incluem contratos de fornecimento de coletes à prova de balas, componentes teleguiados e peças de mísseis.
A Grã-Bretanha afirmou que as suspensões não incluem componentes para o sistema "Domo de Ferro" de Israel, que protege o país de foguetes disparados pelo Hamas.