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Israel pode atacar Irã sem apoio operacional dos EUA

Fonte do governo manifestou dúvidas sobre a seriedade do compromisso da administração de Barack Obama de impedir, a qualquer preço, que o Irã desenvolva armamento nuclear

Embaixada dos Estados Unidos em Tel Aviv fechada após ameças de terrorismo da Al Qaeda, em Israel (Nir Elias/Reuters)

Embaixada dos Estados Unidos em Tel Aviv fechada após ameças de terrorismo da Al Qaeda, em Israel (Nir Elias/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2013 às 08h16.

Jerusalém - O Exército israelense pode atacar o Irã sem a necessidade de apoio operacional americano, mas uma intervenção somente de Israel seria qualitativamente inferior a que poderia efetuar junto com os Estados Unidos, disse nesta terça-feira uma fonte oficial israelense à rádio pública do país.

A fonte, que a emissora não identificou, manifestou suas dúvidas sobre a seriedade do compromisso da Administração de Barack Obama de impedir, a qualquer preço, que o Irã desenvolva armamento nuclear.

O comportamento da Casa Branca em relação à guerra civil na Síria, acrescentou, mostrou que Israel não pode confiar nas promessas de seu principal aliado quando se trata de assuntos considerados cruciais para sua segurança.

Israel teme, além disso, a abertura de um diálogo direto entre Washington e Teerã sobre o programa nuclear porque isso poderia gerar um relaxamento das sanções contra o Irã em troca do cumprimento de algumas condições da comunidade internacional.

O medo israelense reside em que as eventuais cessões iranianas estejam abaixo de suas exigências.

As três reivindicações de Israel ao Irã, conforme o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu formulou em várias ocasiões, são: o desmantelamento da usina nuclear próxima à cidade de Qom, o fim do enriquecimento de urânio e a eliminação de todo o urânio enriquecido acima de 3,5%.

A eleição de Hassan Rohani como novo presidente do Irã trouxe esperanças para uma reabertura do diálogo sobre o tema nuclear.

Rohani disse no domingo, durante sua cerimônia de posse, que vai tentar manter relações construtivas com o resto do mundo, melhorar a situação econômica do país e resolver a questão nuclear durante seu mandato.

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