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Israel pede para não fortalecerem o Irã para debilitar EI

O primeiro-ministro israelense pediu para que o Irã não seja fortalecido para debilitar o Estado Islâmico e grupos jihadistas


	Benjamin Netanyahu: oficialmente, Israel se mantém fora de coalizão contra o EI
 (Olivier Fitoussi/AFP)

Benjamin Netanyahu: oficialmente, Israel se mantém fora de coalizão contra o EI (Olivier Fitoussi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 14h42.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exortou nesta quinta-feira os Estados Unidos e os países do Ocidente para que não fortaleçam o Irã a fim de debilitar o Estado Islâmico (EI) e os grupos jihadistas na Síria e no Iraque.

Em discurso pronunciado na 13ª Conferência do Instituto Internacional de Luta Antiterrorista, com sede na cidade de Herzliya, Netanyahu expressou seu "total apoio" aos apelos do presidente americano, Barack Obama, para uma ação unida contra o EI, e precisou que Israel participa desses esforços.

"O Israel está fazendo sua contribuição na luta contra o EI, há coisas que se sabem mais e coisas que se sabem menos", afirmou ao assegurar que "os países árabes estão reavaliando suas relações com Israel devido a que enfrentamos os mesmos inimigos", segundo a informação publicada na página na internet do jornal "Haaretz".

Segundo a imprensa local, a Inteligência israelense ofereceu aos EUA a informação necessária sobre os alvos que foram atacados na semana passada.

Oficialmente, Israel se mantém fora da coalizão que Washington tenta montar para combater a crescente influência jihadista no Oriente Médio, embora no último ano tenha estreitado a cooperação em assuntos de segurança com os regimes do Egito, Jordânia e Arábia Saudita, que também concordam em ver uma dupla ameaça no EI e no Irã.

Em referência aos supostos contatos entre Teerã e Washington para coordenar posturas na luta contra o EI, Netanyahu advertiu que os EUA e o resto da comunidade internacional não devem fazer concessões ao Irã nas negociações para conter seu programa nuclear.

O Ocidente, disse nesse sentido, não deve fortalecer "os xiitas extremistas para debilitar "sunitas extremistas".

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