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Israel nega entrada a 1.200 palestinos após assassinatos

A medida é temporária enquanto se prolongar a investigação dos assassinatos


	Polícia israelense em Hebron, na Palestina: a medida é temporária enquanto se prolongar a investigação dos assassinatos
 (Reuters / Mussa Qawasma)

Polícia israelense em Hebron, na Palestina: a medida é temporária enquanto se prolongar a investigação dos assassinatos (Reuters / Mussa Qawasma)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2015 às 15h26.

Jerusalém - O Israel suspendeu nesta sexta-feira as permissões de entrada de 1.200 palestinos em Hebron, após os assassinatos cometidos ontem por um palestino na região, que fica no sul da Cisjordânia.

A decisão, porém, não afeta as permissões trabalhistas (concedidas a cerca de 14 mil moradores da região de Hebron), apesar desse ser o tipo de licença possuída pelo autor dos esfaqueamentos na tarde de ontem, matando duas pessoas e deixando vários feridos em Tel Aviv, informou o jornal israelense "Ha'aretz".

A medida é temporária enquanto se prolongar a investigação dos assassinatos, que foram cometidos pelo palestino Raed Mahmud al Masalma, de 36 anos e residente da cidade de Dura, em Hebron.

Ele tinha recebido a permissão para entrar em Israel na mesma semana, após ser contratado para trabalhar em um restaurante.

Masalma entrou em um prédio de escritórios próximo ao restaurante e começou a esfaquear várias pessoas, o que provocou a morte dos israelenses Reuven Aviram, de 51 anos, e Aharon Yesaev, de 32, além de ter deixado ferido outras duas pessoas, antes de ser rendido e preso por policiais.

Horas depois, outro palestino também residente em Hebron usou uma arma automática para matar um israelense, um americano e um palestino em uma estrada que une vários assentamentos judaicos no sul da Cisjordânia.

Hoje, a Polícia de Israel deteve um menor palestino de 15 anos, que carregava uma faca perto de um posto de controle do centro da cidade de Hebron, supostamente para atacar os guardas do local.

Os fatos fazem parte da onda de violência iniciada no início de outubro e na qual já foram registrados mais de 80 ataques de palestinos contra israelenses. Segundo fontes oficiais de Israel, 19 cidadãos do país morreram e 172 ficaram feridos.

No mesmo período, 90 palestinos morreram (cerca da metade agressores ou supostos agressores) por disparos das forças de segurança de Israel e mais de 2.500 ficaram feridos. 

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