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Israel não irá pedir perdão à Turquia por ataque à frota

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que seu país não pedirá perdão nem estudou compensar à Turquia pelo ataque à frota que levava ajuda humanitária a Gaza, no qual morreram nove turcos, como exige Ancara. "Israel não pode se desculpar por que seus soldados foram tacados por um grupo que quase os […]

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 19h40.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que seu país não pedirá perdão nem estudou compensar à Turquia pelo ataque à frota que levava ajuda humanitária a Gaza, no qual morreram nove turcos, como exige Ancara.

"Israel não pode se desculpar por que seus soldados foram tacados por um grupo que quase os matou. Dito isto, lamentamos as mortes", disse Netanyahu em entrevista a um canal de televisão israelense.

Questionado sobre a possibilidade de indenizar às famílias das vítimas, Netanyahu se limitou a responder que a opção ainda não foi "discutida".

O ataque de Israel a frota, um grupo de navios que se dirigia a Gaza com ajuda humanitária, aconteceu no dia 31 de maio em águas internacionais e deteriorou notavelmente as relações entre o Estado judeu e seu principal aliado muçulmano, a Turquia, tensas desde a ofensiva israelense a Gaza há um ano e meio, na qual morreram 1,4 palestinos.

Na quarta-feira o ministro israelense de Indústria, Comércio e Trabalho, Binyamin Ben-Eliezer, e o chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu se reuniram em segredo em Bruxelas para tratar de restaurar os laços entre os países.

Um jornal turco informou hoje que Israel teria estabelecido na reunião que iria se desculpar e compensar às vítimas da abordagem, fato desmentido pelo ministro israelense que participou dela.

O titular israelense de Exteriores, Avigdor Lieberman, deixou claro que toda desculpa ou compensação danificaria a posição no mundo do Estado judeu, em vez de melhorá-la.

Horas antes da entrevista foi realizado um encontro entre Lieberman e o primeiro-ministro para acabar com o enfrentamento gerado porque Netanyahu não foi informado da reunião ministerial secreta.

Tanto Netanyahu, do partido direitista Likud, como Lieberman, do ultradireitista Yisrael Beiteinu, concordaram, além disso, em trabalhar a partir de agora em perfeita coordenação.

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