Israel mata ao menos 77 palestinos em Gaza e fere quase 300 em dois dias de ataques (Omar AL-QATTAA/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 3 de maio de 2025 às 14h26.
Última atualização em 3 de maio de 2025 às 14h42.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) mataram ao menos 77 palestinos e feriu outros 275 na Faixa de Gaza nos últimos dois dias, informou neste sábado o Ministério da Saúde de Gaza, elevando para aproximadamente 52,5 mil o número de mortos desde outubro de 2023.
"Um total de 77 mortos (incluindo sete encontrados nos escombros) e 275 feridos chegaram aos hospitais na Faixa de Gaza nas últimas 48 horas", disse hoje o Ministério, afiliado ao Hamas, em um comunicado listando as mortes de quinta e sexta-feira.
Além disso, desde que Israel quebrou unilateralmente o cessar-fogo em 18 de março, 2.396 pessoas morreram, incluindo cerca de 600 menores, e outras 6.325 ficaram feridas.
Ao menos 10 palestinos foram mortos e outros ficaram feridos no bombardeio de uma casa a leste do norte da Cidade de Gaza na manhã de hoje, de acordo com equipes de defesa civil e resgate, que recuperaram 10 corpos no bairro de Shujaiya.
Outros 11 palestinos foram mortos no bombardeio com caças de uma casa de família no acampamento de Khan Yunis, no sul, incluindo um menino de 11 anos e três crianças pequenas, informou a agência de notícias oficial palestina "Wafa". Enquanto isso, outros quatro palestinos, membros da mesma família, foram mortos em outro ataque israelense à sua casa, também em Khan Yunis, de acordo com a mesma fonte.
Além disso, há mais de 60 mil crianças desnutridas, segundo o Unicef, estão ocorrendo dezenas de "mortes silenciosas" devido à escassez de alimentos, medicamentos e água potável, já que Israel impediu a entrada de qualquer suprimento para uma população de 2,1 milhões de pessoas em Gaza desde 2 de março.
O Conselho de Segurança da ONU pediu repetidamente um cessar-fogo "imediato", e a Corte Internacional de Justiça solicitou medidas para evitar um possível genocídio e aliviar a terrível situação humanitária em Gaza.