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Israel mantém tropas em cinco posições do Líbano e alerta contra violação da trégua pelo Hezbollah

País mantém presença militar em cinco pontos estratégicos e promete resposta a violações do cessar-fogo

Hoje Israel voltou a afirmar que não deixará o país  (Agence France-Presse/AFP)

Hoje Israel voltou a afirmar que não deixará o país (Agence France-Presse/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 07h58.

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O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou nesta terça-feira, 18, que o Exército permanecerá em cinco pontos próximos à fronteira na zona de amortecimento no Líbano, apesar do prazo para a retirada das forças israelenses do sul do país, conforme estipulado no acordo de cessar-fogo, ter sido encerrado hoje.

“A partir de hoje, o Exército permanecerá na zona de amortecimento no Líbano, controlando cinco postos avançados e continuará a fazer cumprir – com força e sem concessões – qualquer violação (do acordo) por parte do Hezbollah”, disse Katz em um comunicado.

“O Hezbollah deve se retirar completamente para além da linha do rio Litani, e o Exército libanês deve fazer valer essa medida e desarmar sua presença sob a supervisão do mecanismo estabelecido sob a liderança dos EUA”, acrescentou Katz.

Além disso, o ministro afirmou que reforçou a presença de tropas no lado israelense, ao longo da fronteira entre os dois países, para garantir a segurança das comunidades no norte de Israel.

Em 27 de novembro, entrou em vigor um cessar-fogo, inicialmente previsto para durar 60 dias, que estabelecia a retirada das forças israelenses do território libanês e a limitação da posse de armas na faixa fronteiriça apenas às forças de segurança libanesas.

Ontem, o governo libanês reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da resolução 1701, que pôs fim à guerra entre Líbano e Israel em 2006 e serve de base para o novo cessar-fogo. A resolução prevê o desarmamento do Hezbollah e o monopólio do Estado libanês sobre as armas em todo o país.

O documento também exige o desmantelamento de instalações não estatais para a produção de armas e proíbe ambos os lados de realizar ataques um contra o outro – algo que Israel não respeitou, alegando seu direito à "autodefesa".

O cessar-fogo inicial expirou em 26 de janeiro, um dia particularmente sangrento, no qual pelo menos 24 pessoas morreram e outras 120 ficaram feridas depois que moradores do sul tentaram retornar às suas cidades ocupadas.

No dia seguinte, os Estados Unidos anunciaram uma prorrogação do cessar-fogo até 18 de fevereiro, para dar mais tempo às partes para cumprir suas obrigações. No entanto, hoje Israel voltou a afirmar que não deixará o país.

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