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Israel mantém planos para assentamentos em território anexado

Cerca de 500 mil israelenses vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, entre 2,7 milhões de palestinos

Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital do Estado que pretendem criar na Cisjordânia e Faixa de Gaza
 (Berthold Werner/Wikimedia Commons)

Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital do Estado que pretendem criar na Cisjordânia e Faixa de Gaza (Berthold Werner/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2011 às 22h52.

Jerusalem - A Prefeitura de Jerusalém aprovou na segunda-feira a construção de centenas de novas casas para judeus em território anexado da Cisjordânia, segundo um vereador.

Elisha Peleg disse à Reuters que a comissão municipal de planejamento aprovou a construção de 900 novas moradias em Gilo, assentamento urbano em território capturado por Israel na guerra de 1967 e posteriormente anexado de forma unilateral a Jerusalém.

Cerca de 500 mil israelenses vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, entre 2,7 milhões de palestinos. A Corte Mundial considera ilegais os assentamentos israelenses em territórios ocupados. Os palestinos afirmam que esses encraves inviabilizam a criação de um Estado para eles.

"Não vejo diferença entre Gilo e qualquer outro bairro de Jerusalém. Não há problema de planejamento ou político com isso, e os judeus têm o direito de construir em qualquer lugar na cidade", disse Peleg, membro da comissão de planejamento.

As propostas ainda precisam da aprovação do Ministério do Interior, e as obras ainda devem demorar um ou dois anos para começar, segundo o vereador. Gilo, com 40 mil habitantes israelenses, fica entre Jerusalém Oriental e Belém, na Cisjordânia.

Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital do Estado que pretendem criar na Cisjordânia e Faixa de Gaza.

Nabil Abu Rdainah, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que a aprovação do projeto "destrói qualquer tentativa de estabelecer as fundações que possam levar a uma paz real".

Em 2009, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o projeto habitacional, na época em estágio preliminar de planejamento, prejudicaria as perspectiva de paz.

Uma iniciativa norte-americana de mediar uma retomada do processo de paz entre Israel e os palestinos, no ano passado, naufragou pouco depois de começar, em parte devido à insistência israelense em ampliar seus assentamentos.

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