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Israel legaliza colônia na Cisjordânia a dois dias das eleições

Na semana passada, Netanyahu prometeu anexar todas as colônias judaicas no Vale do Jordão

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, promete anexar partes da Cisjordânia caso seja reeleito (Amir Cohen/Reuters)

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, promete anexar partes da Cisjordânia caso seja reeleito (Amir Cohen/Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de setembro de 2019 às 11h03.

O governo israelense autorizou, neste domingo (15), a legalização de uma colônia na Cisjordânia ocupada, dois dias antes das eleições legislativas, cruciais para o futuro político do premiê Benjamin Netanyahu.

Israel decidiu "transformar a colônia selvagem de Mevoot Jericó, situada no Vale do Jordão, em uma oficial", informou o gabinete de Netanyahu.

O anúncio foi feito dois dias antes das eleições legislativas israelenses, nas quais o Partido Likud, de Netanyahu, enfrenta a forte concorrência do Kahol Lavan (Azul e Branco), do ex-chefe do Estado-Maior do Exército, Benny Gantz.

Na semana passada, Netanyahu prometeu anexar todas as colônias judaicas no Vale do Jordão, um território estratégico que representa cerca de 30% da Cisjordânia ocupada.

A declaração foi duramente criticada por funcionários palestinos. Caso venha a se concretizar, os palestinos avaliam que será a morte do processo de paz.

Embora seja favorável à anexação, uma parte da classe israelense considerou que o anúncio foi feito com fins eleitorais.

Netanyahu se comprometeu a anexar estes assentamentos judaicos "imediatamente" depois das eleições.

As últimas pesquisas de intenções de voto divulgadas na imprensa local apontam um pleito bastante disputado.

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