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Israel investigará vendas e mudança de local de amistoso com a Argentina

A imprensa israelenses acredita que a mudança de localização do amistoso entre Israel e Argentina foi realizada para utilizar a partida como cunho político

A ministra de Cultura e Esportes, Miri Reguev, cancelou ontem (6) o amistoso que aconteceria em Jerusalém (Albert Gea/Reuters)

A ministra de Cultura e Esportes, Miri Reguev, cancelou ontem (6) o amistoso que aconteceria em Jerusalém (Albert Gea/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de junho de 2018 às 09h40.

Jerusalém - O controlador do Estado de Israel, Yosef Shapira, que fiscaliza as decisões de organismos públicos, investigará as decisões da ministra de Cultura e Esportes, Miri Reguev, relacionadas ao amistoso de futebol contra a Argentina previsto para sábado e que foi cancelado.

Em um primeiro momento, seu escritório informou que investigaria a distribuição de ingressos, depois de queixas causadas porque somente um terço das entradas foi disponibilizado para venda (esgotaram em 20 minutos), mas agora investigará também todo o processo de tomada de decisões sobre a partido e sua mudança de Haifa para Jerusalém, informou nesta quinta-feira a emissora de rádio "Kan".

Veículos de imprensa israelenses consideram que a mudança de localização foi realizada para utilizar a partida como cunho político (promovendo a aceitação internacional de Jerusalém como capital do país) e que foi um dos fatores que levou ao cancelamento.

Reguev havia afirmado, antes da suspensão, que a partido não poderia ser realizada em outro lugar além de Jerusalém, a emoldurou nas celebrações do 70° aniversário do país e afirmou que Messi iria beijar o Muro das Lamentações, situado no território palestino ocupado de Jerusalém Leste.

Na quarta-feira, após as críticas recebidas, a ministra rejeitou as acusações e disse que o único motivo para a cancelamento foram as "ameaças de morte terroristas" contra o jogador Lionel Messi e sua família.

"Não confundam, não é uma atividade do BDS (campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel), isto é outra forma de terrorismo", denunciou em uma conferência de imprensa em Tel Aviv.

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