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Israel intercepta 20 drones do Irã e diz ter assumido controle do espaço aéreo de Teerã

Conflito entre Israel e Irã já deixou mais de 130 mortos segundo mídia local iraniana e ameaça escalar para guerra regional

Publicado em 15 de junho de 2025 às 10h13.

As Forças Armadas de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram neste domingo que interceptaram cerca de 20 drones iranianos e que assumiram o controle do espaço aéreo sobre Teerã. Segundo o porta-voz das IDF, brigadeiro-general Effie Defrin, os ataques seguem intensos, mas "os sistemas de defesa aérea de Israel funcionam, embora não sejam herméticos".

O Exército de Israel continua a bombardear infraestruturas estratégicas da capital iraniana, como depósitos de combustível e instalações ligadas ao programa nuclear. A Força Aérea também atacou a sede do Ministério da Defesa iraniano e um centro de comando vinculado ao projeto nuclear SPND.

Noite de bombardeios e ameaça de escalada

Na noite de sábado para domingo, cerca de 50 aviões de combate israelenses atingiram mais de 80 locais do projeto nuclear iraniano em Teerã. No total, segundo as IDF, mais de 170 alvos e 720 instalações militares foram atacados desde o início da operação.

Durante a madrugada, o Irã respondeu com "centenas de mísseis balísticos" contra Israel, atingindo regiões centrais e provocando a morte de pelo menos 10 civis israelenses, de acordo com os serviços de resgate locais. O total de feridos já passa de 390 pessoas.

Mortes no Irã ultrapassam cem; hospitais relatam superlotação

Ao menos 128 pessoas morreram nos ataques israelenses de sexta e sábado no Irã, segundo o Ministério da Saúde iraniano, citado neste domingo, 15, pelo jornal Etemad. De acordo com a nota oficial, "cerca de 900 feridos foram atendidos em hospitais" em decorrência dos bombardeios. O embaixador iraniano na ONU havia relatado anteriormente 78 mortos e 320 feridos, mas esse número foi atualizado pelas autoridades sanitárias.

Segundo a imprensa iraniana, a explosão de um depósito de combustível em Teerã também causou dezenas de vítimas. O Exército israelense confirmou o ataque à estrutura no norte da capital.

Infraestrutura sob ataque e tensão regional

O Irã afirma que os mísseis lançados contra Israel tinham como alvos "instalações vitais de energia", como a refinaria de Haifa. O ataque causou, segundo a mídia iraniana, uma interrupção na rede de energia e danificou infraestrutura crítica. As autoridades israelenses não comentaram os danos até o momento.

Explosões foram registradas em cidades como Haifa, no norte de Israel, que até então não havia sido atingida. Segundo equipes de resgate, cinco pessoas morreram na região norte, atingida pela primeira vez.

Sirenes soaram em dezenas de cidades israelenses e milhões de cidadãos buscaram abrigos, de acordo com o Exército. Mísseis também foram avistados nos céus do Líbano, e como medida preventiva, Jordânia e Síria fecharam seus espaços aéreos.

Escalada verbal e nova fase da ofensiva

Israel mantém o tom agressivo. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou neste domingo, 15, que "o Irã pagará um preço muito alto pelo assassinato premeditado de civis, mulheres e crianças". A declaração foi feita durante visita a Bat Yam, cidade atingida por mísseis perto de Tel Aviv.

Enquanto isso, o Exército iraniano afirmou em redes sociais que está “desmantelando a capacidade do regime sionista” e declarou que a Operação Promessa Verdadeira 3 entrou em uma nova fase.

A liderança iraniana promete “resposta mais severa e poderosa” e ameaça ampliar os ataques a navios e bases de aliados de Israel na região.

*Com AFP e O Globo

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