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Israel/Gaza: prossegue o confronto, em meio à crise diplomática com o Egito

Desde a noite de quinta-feira, foram lançados mais de 75 foguetes e morteiros contra o sul de Israel por ativistas da Faixa de Gaza

Israelenses choram nos funerais dos soldados mortos no sul de Israel (AFP / Ahmad Gharabli)

Israelenses choram nos funerais dos soldados mortos no sul de Israel (AFP / Ahmad Gharabli)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2011 às 17h02.

Um confronto armado prosseguia neste sábado entre grupos radicais palestinos de Gaza e Israel, com o disparo de foguetes que atingiram várias cidades israelenses, em meio a um cenário de crise diplomática entre o Estado hebreu e o Egito.

Um civil israelense morreu na noite deste sábado, hora local, e outros sete ficaram feridos, quatro deles gravemente, por foguetes do tipo Grad lançados da Faixa de Gaza contra a cidade de Beersheva, capital de Neguev (sul), segundo os serviços israelenses de emergência.

Desde a noite de quinta-feira, foram lançados mais de 75 foguetes e morteiros contra o sul de Israel por ativistas da Faixa de Gaza, segundo números israelenses.

O braço armado do Hamas em Gaza assumiu a responsabilidade pelo lançamento de quatro foguetes Grad em direção à cidade de Ofakim.

"É nossa resposta aos crimes da ocupação sionista, após a morte de 15 mártires e de dezenas de feridos" em Gaza, afirmou as Brigadas Ezzedine Al-Qassam em communicado.

É a primeira vez que as Brigadas Al-Qassam atiram contra Israel desde a instauração de uma trégua de fato pelos principais grupos armados da Faixa de Gaza, em abril passado.

Em Gaza, três palestinos ficaram feridos, entre eles um gravemente, durante a resposta israelense, segundo fontes médicas locais.

Um total de 14 palestinos morreram e 47 ficaram feridos durante ataques aéreos contra a Faixa de Gaza desde a série de atos anti-israéliennes de quinta-feira no sul de Israel (8 mortos), perto da fronteira com o Egito, ainda segundo fontes palestinas.

Apelos à vingança foram lançados durante o enterro das vítimas das ações israelenses, entre elas um menino de 5 anos.

A Liga Árabe fará uma reunião de emergência neste domingo para discutir a situação na Faixa de Gaza após a retomada do ciclo de violência entre Israel e Gaza, informou neste sábado à AFP o secretário-geral adjunto da organização, Ahmed ben Helli.


O Quarteto para o Oriente Médio, formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU, alertou neste sábado para o "risco de uma escalada" da violência depois de três dias de confrontos entre Israel e os palestinos de Gaza e pediu moderação a ambos os lados.

"O Quarteto está muito preocupado com a situação insustentável em Gaza, e com o risco de escalada da violência e pede contenção a ambas as partes", segundo um comunicado do grupo.

Os tiros de foguetes e de disparos de morteiros na quinta-feira a partir de Gaza sobre o sul de Israel, que provocaram em represália ataques aéreos israelenses sobre este território palestino, são "atos covardes de terrorismo premeditado", destaca o Quarteto.

O chefe do governo do Hamas em Gaza, Ismaïl Haniyeh, manteve contatos sábado com o encarregado egípcio do serviço de informação, Mourad Mouafi, para fazer parar "a agressão israelense", segundo um comunicado do movimento islamita.

Já o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, pediu uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação em Gaza.

Na frente diplomática, Israel "lamentou", enquanto o Egito exigia "desculpas" pela morte de cinco policiais egípcios na fronteira, durante os ataques de quinta-feira perto de Eilat, no sul israelense.

Segundo a televisão estatal egípcia, o Cairo decidiu chamar seu embaixador em Israel. Mas a convocação não foi confirmada por Israel.

Além de "lamentar" a morte dos policiais egípcios, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, propôs "examinar" as circunstâncias do incidente com o exército egípcio.

Segundo um relatório da Força multinacional e Observadores (FMO), mobilizada no Sinai e encarregada de vigiar a paz entre israelenses e egípcios, Israel cometeu duas violações, ao penetrar no Egito e ao atirar do lado egípcio.

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