Luto: o "fechamento geral" se deve hoje ao dia de luto pelos caídos em atos de serviço e terrorismo e amanhã pela comemoração da Independência (Baz Ratner / Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2016 às 08h12.
Jerusalém - Israel fechou desde a meia-noite desta quarta-feira todas as passagens fronteiriças com os territórios de Gaza e da Cisjordânia por causa de duas festividades, informou hoje o exército.
O "fechamento geral" se deve hoje ao dia de luto pelos caídos em atos de serviço e terrorismo e amanhã pela comemoração da Independência.
A decisão foi tomada pela cúpula política, e na prática impedirá que 60 mil palestinos possam trabalhar durante esses dois dias em que as passagens estarão fechadas, segundo o jornal "Ha'aretz".
Durante estas 48 horas, a entrada no país só será permitida em casos humanitários ou de saúde, e deverá contar com a aprovação do Coordenador das Atividades do governo nos Territórios palestinos, organismo vinculado ao Ministério da Defesa israelense.
Israel costuma impor este tipo de fechamento nesses territórios ocupados em 1967 em festividades ou dias solenes do calendário hebreu, como Yom Kippur, a Páscoa judaica, e o festival de Purim.
Desta vez, a medida começou horas depois de um oficial do exército israelense ficar gravemente ferido pela detonação de uma bomba junto à passagem militar de Hizma, um dos acessos a Jerusalém Oriental desde a cidade cisjordaniana de Ramala.
Ontem à noite duas israelenses de 70 anos ficaram feridas por arma branca quando passeavam em um mirante no sul de Jerusalém.
De acordo com a polícia, que deteve os dois suspeitos, os agressores eram palestinos encapuzados que fugiram após o apunhalamento.
Estes fatos se incluem na onda de violência que começou em outubro de 2015, que já deixou 209 palestinos mortos, a maioria agressores ou supostos agressores, e 30 israelenses.
Hoje em Israel é o dia nacional em memória dos soldados e oficiais caídos em serviço, assim como das vítimas do terrorismo, com visitas e atos oficiais aos cemitérios e o soar em todo o país de uma sirene antiaérea antes do meio-dia.
No total, 23.447 soldados, policiais e agentes de serviço morreram nas fileiras do exército, dos organismos de segurança e das milícias judaicas anteriores à criação do Estado de Israel desde 1860, ano em que pela primeira vez judeus se assentaram fora da antiga cidadela amuralhada de Jerusalém e organizaram corpos de Defesa Civil. EFE