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Israel fecha acessos de Cisjordânia e Gaza para Yom Kippur

A medida foi ordenada pelo ministro da Defesa de Israel e ocorre após uma semana de tensão entre forças de segurança e palestinos nos territórios de Jerusalém


	Judeus durante o ritual, antes do Yom Kippur: fechamento, que deve durar 36 horas, começa nesta tarde até a meia-noite de quarta-feira
 (Jack Guez/AFP)

Judeus durante o ritual, antes do Yom Kippur: fechamento, que deve durar 36 horas, começa nesta tarde até a meia-noite de quarta-feira (Jack Guez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 09h59.

Jerusalém - Israel manterá fechados os acessos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza a seu território a partir da tarde desta terça-feira e durante toda quarta-feira por ocasião da festividade do Yom Kippur, dia solene e expiação do calendário hebreu.

A medida, que costuma ser adotada todos os anos, foi ordenada pelo ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, e ocorre após uma semana de tensão e enfrentamentos entre forças de segurança israelenses e palestinos nos territórios de Jerusalém Oriental e Cisjordânia, ocupados por Israel desde 1967.

O fechamento, que deve durar 36 horas, começa nesta tarde até a meia-noite de quarta-feira, e de acordo com um comunicado do Exército israelense, seu levantamento será decidido "com base na avaliação da situação" no terreno.

Os cruzamentos de Gaza serão abertos durante esse dia, considerado feriado em Israel, unicamente para casos humanitários e sob aprovação da Coordenação das Atividades do governo (israelense) nos Territórios palestinos, organismo dependente do Ministério da Defesa deste país.

Na tarde de hoje começa a comemoração do Yom Kippur, que conclui ao anoitecer de quarta-feira, dia em que começará a festividade do Eid al-Adha ou "Festa do Sacrifício", uma das mais importantes para os muçulmanos, que se prolongará até o próximo domingo.

Israel limitou o acesso à Mesquita de al-Aqsa, terceira na hierarquia islâmica desde ontem à noite até novo aviso, e unicamente permitirá a entrada ao recinto de homens maiores de 50 anos e mulheres de qualquer idade, medida que justificou pelos últimos confrontos violentos registrados no recinto sagrado.

Milhares de agentes da polícia e outros organismos encarregados de manter a ordem foram desdobrados em Jerusalém Oriental e sua cidadela antiga, onde se encontram os principais santuários para as três principais religiões monoteístas, em previsão de que ocorram os distúrbios da semana passada.

Um palestino morreu ontem à noite com a explosão de uma bomba que ia lançar contra uma patrulha militar israelense ao sudeste de Hebron, informaram o Exército israelense e meios de comunicação locais palestinos.

Além disso, uma palestina ficou gravamente ferida após tentar apunhalar um soldado israelense em um posto de controle militar em Hebron, precisaram os mesmos meios.

Dezenas de palestinos e pelo menos quatro oficiais da Polícia de Fronteiras israelenses, ficaram feridos de diversas considerações - na maioria dos casos com quadros de asfixia por gás lacrimogêneo - nos últimos dez dias em enfrentamentos entre forças israelenses e palestinos em protestos nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental e Cisjordânia, que se desencadearam após confrontos e restrições na Mesquita de al-Aqsa.

Além disso, um israelense morreu na semana passada quando seu veículo se chocou contra um poste de eletricidade em Jerusalém, segundo a principal linha de investigação, por conta de uma pedrada lançada desde uma população palestina divisória.

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