Judeu ortodoxo leva seus pertences em local atingido por míssil em Moshav Zavdiel, Israel, nesta segunda-feira, 16 (Gil Cohen-Magen/AFP)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 16 de junho de 2025 às 06h35.
Última atualização em 16 de junho de 2025 às 06h50.
Israel chegou nesta segunda-feira, 16, ao quarto dia seguido de bombardeios contra o Irã. O país disse ter tomado o controle aéreo da capital, Teerã, e atacado o centro de comando das forças Quds, um grupo militar iraniano de elite.
"Destruímos um terço dos lançadores de mísseis superfície-superfície", disse o brigadeiro Effie Defrin, em entrevista coletiva.
Os ataques de Israel começaram na sexta-feira, 16, com o objetivo declarado de acabar com o programa nuclear do Irã. Além de instalações atômicas, o país tem feito ataques para matar líderes militares e cientistas iranianos, bem como para destruir a capacidade militar iraniana.
Ao mesmo tempo, o Irã tem feito bombardeios a Israel, em revide aos ataques que sofreu. Nas últimas horas, ao menos oito pessoas foram mortas em Israel, em cidades como Tel Aviv e Haifa, devido aos ataques iranianos.
Além disso, ataques iranianos atingiram a maior refinaria de petróleo de Israel, em Haifa. Os danos ainda estão sendo estimados.
Em Israel, 24 pessoas morreram por ataques desde sexta. No Irã, foram mais de 200, segundo os governos dos dois países.
Após décadas de um prolongado conflito travado por meio de aliados e operações encobertas, esta foi a primeira vez que os arqui-inimigos Israel e Irã atacaram um ao outro com tal intensidade, o que desperta temores de um conflito prolongado que poderia envolver todo o Oriente Médio.
O confronto começou na sexta-feira, quando Israel lançou ataques que causaram a morte de altos comandantes militares e cientistas, sob o argumento de eliminar o programa nuclear de Teerã. Israel atingiu bases militares, instalações nucleares e zonas residenciais em todo o país. O Irã respondeu lançando centenas de mísseis e drones contra o território israelense.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou neste domingo (15) Irã e Israel a "chegarem a um acordo", embora depois tenha sugerido que talvez precisem "lutar" primeiro.
"Acho que é hora de chegar a um acordo. Embora às vezes precisem lutar, vamos ver o que acontece", completou Trump na Casa Branca antes de partir para o Canadá para participar da cúpula do G7. O encontro reunirá os líderes de sete das maiores economias do mundo.
Israel é aliado dos Estados Unidos, que tem ajudado o país a barrar ataques vindos do Irã. Trump disse que os EUA não estão envolvidos diretamente no ataque ao Irã, mas tem sugerido que o país poderá entrar no conflito se julgar necessário.