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Israel expressa a Argentina decepção por acordo com Irã

O país sul-americano e o Irã fecharam acordo para investigar o atentado da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) de 1994


	Cristina Kirchner durante homenagem das vítimas do AMIA em Buenos Aires: Israel anunciou que a decisão "contribui para romper o isolamento internacional do Irã" (AFP)

Cristina Kirchner durante homenagem das vítimas do AMIA em Buenos Aires: Israel anunciou que a decisão "contribui para romper o isolamento internacional do Irã" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 11h46.

Jerusalém - O Ministério das Relações Exteriores de Israel manifestou nesta terça-feira ao embaixador da Argentina, Carlos García, sua "profunda decepção" pelo acordo entre o país sul-americano e o Irã para investigar o atentado da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) de 1994.

"Foi transmitido o descontentamento e a profunda decepção de Israel", disse à Agência Efe uma fonte diplomática pouco após o término da reunião, realizada na manhã de hoje na sede do Ministério das Relações Exteriores israelense, em Jerusalém.

Israel anunciou ontem que García seria convocado para dar explicações sobre um acordo que, segundo ele, "contribui para romper o isolamento internacional do Irã".

"Foi explicado que os iranianos levam adiante seu programa nuclear apesar da oposição da comunidade internacional e que o que tentam conseguir é sair do isolamento através da Argentina", especificou.

O acordo, que entrará em vigor assim que for ratificado pelos parlamentos dos dois países, foi selado pela Argentina e o Irã no domingo, durante a cúpula da União Africana, realizada em Adis-Abeba (Etiópia).

Segundo o documento, cujo conteúdo foi divulgado pelo governo argentino, ambos os países criarão uma comissão de juristas que revisará as atuações judiciais em relação ao atentado e recomendarão um plano de ação para seu esclarecimento.

O ataque à sede da associação israelita, dois anos depois de um atentado contra a embaixada de Israel na capital argentina, teve saldo de 85 mortos e mais de 300 feridos.

Oito iranianos e um libanês são acusados de envolvimento com o crime, do qual Israel acusa o Irã e o movimento pró-iraniano libanês Hezbollah. 

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